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Lone Star contrata Deutsche Bank para a venda do Novo Banco

O acionista de controlo do Novo Banco quer explorar os cenários de venda e de Oferta Pública Inicial, escreve a Bloomberg. Lone Star e Novo Banco não comentam.

A emissão de dívida sénior realizada pelo Novo Banco registou uma procura 3,5 vezes superior à oferta.
O CEO do Novo Banco, Mark Bourke, tem repetido que a instituição está a preparar-se para um IPO.
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A Lone Star está a selecionar "advisers" para explorar uma possível venda ou Oferta Pública Inicial (IPO, na sigla inglesa) do Novo Banco, escreve a Bloomberg. A agência acrescenta que o acionista da instituição financeira já terá contratado o Deutsche Bank para o efeito.

O objetivo é avançar para discussões com potenciais compradores, diz a Bloomberg citando fontes anónimas. Ao mesmo tempo, a Lone Star também estará a analisar uma possível dispersão em bolsa.

O Negócios contactou a Lone Star e o Novo Banco, que preferem não comentar.

A Lone Star detém 75% do Novo Banco desde 2017.

O CEO da instituição financeira que sucedeu ao BES tem vindo a referir-se ao cenário do IPO, afirmando publicamente que o banco está a preparar-se para essa operação, que não deverá acontecer antes de maio. A intenção é, antes de avançar com esse cenário, distribuir qualquer coisa como 1,3 mil milhões de euros aos acionistas Lone Star, Estado e Fundo de Resolução.

Essa distribuição só será possível devido ao fim antecipado do Acordo de Capital Contingente (CCA, na sigla inglesa) acordado pelos acionistas em Dezembro. 

O objetivo é avançar para discussões com potenciais compradores.

O Estado pode receber 325 milhões de euros em dividendos (incluindo o valor a receber pelo Fundo de Resolução). O entendimento para terminar o CCA determinou também que o Novo Banco abdicou de 75 milhões de euros que reclamava ao FdR.

O CCA foi assinado em 2017, no momento da venda do Novo Banco à Lone Star. O acordo pretendia proteger os rácios de capital da instituição financeira de perdas originadas por um conjunto de ativos problemáticos herdados do Banco Espírito Santo - incluindo crédito malparado. Esses ativos ficaram no "banco bom" da resolução apesar de serem considerados tóxicos.

O acordo previa que sempre que os níveis de capital da instituição financeira descessem abaixo de 12% devido àqueles ativos, o Fundo de Resolução efetuava um pagamento ao Novo Banco no mesmo valor, de forma a repor o rácio naquele limiar mínimo. As várias injeções feitas pelo Fundo ao abrigo do acordo ao longo dos anos totalizaram cerca de 3,4 mil milhões de euros.

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