Opinião
«Marketplace de Hotelaria: Perguntas e Respostas»
MARKETPLACE DE HOTELARIA: PERGUNTAS E RESPOSTAS
Quais são as características fundamentais que um marketplace dirigido ao sector hoteleiro deve conter?
A resposta a esta pergunta, directa e simples, implica, contudo e antes do mais, um profundo conhecimento, tanto do sector como do esquema geral de funcionamento de um marketplace e, porque assim é, importa abordar um conjunto de questões prévias.
· Quem deverão ser os promotores de um projecto deste género?
Como é natural, todos os que (individualmente ou, desejavelmente, em parceria) preencherem simultaneamente os quesitos anteriormente definidos: conhecimento profundo do negócio e do funcionamento de um marketplace.
· Que tipo de parceiros devem ser conquistados para o projecto?
Consciente das duas fases diferentes – a que vai até à implementação e a que começa depois dela – é importante que, para as duas, se consiga reunir os parceiros adequados. Referir-me-ei apenas aos parceiros necessários à segunda destas fases, sendo desde logo importante conquistar, para um projecto desta natureza, uma entidade bancária que promova e certifique toda a área de pagamentos/recebimentos. Um produtor de conteúdos, pelas razões evidentes, e uma ou mais entidades agregadoras representativas das diferentes áreas do sector.
· Que tipo de aderentes queremos conquistar para o projecto?
Depende, em primeira análise, do tipo de proposta de valor que o modelo de negócio do próprio marketplace preconiza. E, tal como em outros projectos, podemos preconizar um modelo de negócio mais limitado ou mais alargado. Por acreditar que os que optarem pela limitação sê-lo-ão também no tempo, prefiro responder àquela pergunta, partindo do princípio de que quem a faz defende, tal como eu, uma proposta de valor arrojada e criativa.
· Que “volume” de aderentes queremos conquistar para o projecto?
Sendo os marketplaces,
como são, pontos de encontro, organizados, sistemáticos e ágeis, entre
fornecedores e compradores para a realização competitiva de negócios devem
conter, na última vertente, o maior número possível dos que o forem. Desde já
sublinho que, sendo fundamental a angariação de fornecedores, um marketplace
de nada servirá se, nele, não participarem compradores. E estes apenas aderirão
a um mercado digital se “sentirem”, de imediato, as mais-valias inerentes à
participação. Para estes, é importante que a proposta de valor proporcionada
pelo marketplace seja integradora e abrangente, ao nível de todo o tipo
de compras que costumam realizar, tanto ao nível de produtos como ao nível de
serviços.
E é aqui que se diferenciam as propostas: quem deverão ser os fornecedores?
A resposta é, aparentemente, imediata:
Fornecedores de consumíveis
Fornecedores de equipamentos hoteleiros
Tour operators, agência de viagens, empresas de rent-a-car, etc.
Mas outra proposta de valor pode, pela sua natureza, resultar se a resposta, para além daqueles, incluir:
Serviços de Selecção, Recrutamento e Formação de Pessoal
Serviços de Trabalho Temporário
Serviços de Higiene e Limpeza
Serviços de Segurança
Serviços de Contabilidade
Serviços de Publicidade e Comunicação
Serviços de Certificação Digital
Serviços de Marketing Electrónico
Serviços de Informação sobre eventos
Serviços de Informação sobre Legislação aplicável
Serviços de....
É preciso dizer mais? Esta é ou não uma proposta de valor diferente? Estaria ou não simplificado (como se esta matéria fosse simples) todo o trabalho de angariação de aderentes?
José
Manuel Azevedo
Partner
jazevedo@dc.com
www.dc.com