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Demasiadas qualificações

O curso de Sócrates está a ser uma licenciatura em "stress" para o primeiro-ministro. Há quem diga que tudo se resolverá facilmente com uma temporada num spa especializado. Ou com um blindado cercado de uma central de informação. A maneira clássica de Sóc

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Sócrates pode ser o intérprete principal do "Destino Fabulo de Amelie" da política portuguesa e continuar bem disposto. Mas se virtualmente tudo parece ir mal, tudo pode terminar bem. Sócrates pode enfrentar o destino da mesma forma que sempre o fez e continuar prisioneiro da sua habilidade política. O primeiro-ministro pode considerar-se um homem feliz. Tendo ou não uma licenciatura, tem um emprego. Milhares de portugueses, licenciados e qualificados, não podem dizer o mesmo: estão desempregados. Sócrates pode atirar-se para o fosso dos leões e sair vivo de lá. Os licenciados desempregados, se se atirarem para o fosso, acabam devorados. Sem emprego e sem futuro. É esta a grande diferença que a qualificação tecnológica permite no Portugal de Sócrates: os licenciados têm excesso de qualificações. No nosso país, ao contrário do que se clama, o melhor é não ter qualificação para se poder ser um factor de competitividade, como se vendeu os portugueses na China. Aí busca-se licenciados, assim como na Índia ou na Finlândia. Não se percebe porque se clama por Sócrates poder não ser licenciado e ser primeiro-ministro. Se o fosse, estaria no desemprego.
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