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13 de Setembro de 2006 às 13:59

Cerco ideológico

Está em curso o cerco ideológico a Sócrates em matéria de Segurança Social. Estamos – está Sócrates e o PS – confrontados com o maior choque ideológico da história da democracia portuguesa.

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É um facto que Cavaco – prosseguindo o caminho da anunciada cooperação estratégica – deseja um entendimento para a reforma da Segurança Social. E parece claro – tendo em conta as suas mais recentes declarações públicas – que não desistirá de um consenso alargado. Mas não foi só o Presidente a expressar opinião. São os seus conselheiros a passá-la ao papel. Num artigo de opinião publicado no Expresso, João Borges Assunção, assessor económico de Cavaco, exprime o seu pensamento. No texto titulado «Consensos» lê-se: «O sistema de regras vigente combinado com uma sucessão de medidas ‘ad hoc’ mal ponderadas, os desenvolvimentos demográficos e económicos e a maturação do sistema produzirão uma rotura. Ou uma rotura financeira (o que certamente não ocorrerá), ou uma mudança nas regras (o que certamente acontecerá)». Dito isto e «embora os consensos possam diluir a responsabilidade das partes, parece óbvio que a reforma da Segurança Social é uma área de elevada complexidade e que altera as relações de longo prazo entre cidadãos e Estado». «Pelo que – conclui o articulista - o consenso alargado nesta área será útil, já que facilitará a compreensão, aceitação e equidade intergeracional de qualquer reforma que venha a ser adoptada». No mesmo dia (sábado passado) Sócrates garantia ao PS que a matriz pública da Segurança Social é sagrada. Veremos até quando resistirá. E como vai gerir dentro do PS uma heresia que deixará o partido histérico. O cerco começou em Belém.
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