Opinião
A Grécia que nos põe gregos
Os resultados eleitorais do Reino Unido e agora da Grécia desafiam os retratos e os filmes que damos como adquiridos. Depois de tudo o que aconteceu na Grécia, Tsipras deveria ter perdido as eleições, e ganhou. Vai aplicar (irá?) o terceiro e mais duro programa de austeridade desde 2010. Foi a votos com compromissos que estão nos antípodas do que prometeu no início do ano. Porque votaram os gregos em Alexis Tsipras? A famosa frase de Aníbal Cavaco Silva, "deixem-nos trabalhar", talvez seja uma pista.
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Cinco actos eleitorais em seis anos, três dos quais em 2015, três resgates, um desemprego que atinge um quarto da população activa e uma produção que está 25% abaixo da registada em 2006 são factos mais do que suficientes para a abstenção que se registou neste acto eleitoral. Mas também necessários para compreender a esperança gerada pelo Syriza.
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