Opinião
A “temperança” no discurso e outras histórias
É claro que dá jeito usar linguagem meio cifrada (inacessível ao cidadão de rua) para não incomodar o governo e as suas próprias ambições políticas. Como é que um agente político que passou 4 anos a dizer que a austeridade foi embora, pode agora admitir que precisamos de apertar o cinto?
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Há pouco mais de uma semana, o governador do Banco de Portugal fez um alerta para os aumentos salariais dos próximos meses. Centeno falou em temperança (moderação…) nas decisões que patrões, governo e sindicatos venham a tomar para evitar males maiores. De que males falava o governador? Recessão. Aliás, Centeno deu a entender que o que separa a economia de uma recessão é o comportamento do emprego.