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Os portugueses arrancaram o mês de Julho com a concretização de uma das mais emblemáticas promessas eleitorais de António Costa: o IVA da restauração foi reposto na taxa intermédia, de 13%. Este desagravamento fiscal chegou apenas à comida e produtos de cafetaria. As bebidas (à excepção de água) continuaram a pagar 23%.
Mas o dia 1 de Julho também serviu para digerir o emocionante jogo da véspera com a Polónia, nos quartos-de-final do Euro 2016, em que a selecção começou a perder e que foi decidido no desempate por grandes penalidades. Do lado nacional ninguém falhou, e Rui Patrício brilhou ao travar o remate de Blaszczykowski. Seria Ricardo Quaresma a selar o apuramento para as meias-finais, a 6 de Julho, onde Portugal enfrentou uma das sensações do torneio - o País de Gales.
Nesse dia, e depois de cinco empates consecutivos no tempo regulamentar, Portugal conseguia finalmente a sua primeira vitória, brindando o conjunto de Gareth Bale com golos de Ronaldo e Nani. Essa vitória garantiu o bilhete para a final da competição. O adversário seria França, que costumava ganhar a Portugal quando os jogos eram a doer. Quando o Bola de Ouro Ronaldo se lesionou, logo aos oito minutos, depois de uma entrada violenta de Payet, parecia que os deuses do futebol voltavam a bafejar os franceses. Mas uma actuação preciosa de Rui Patrício entre os postes e a "estrelinha" do lado luso permitiram levar o jogo para prolongamento. E aí, o "patinho feio" Eder tornou-se o improvável herói nacional, ao marcar o único golo da partida que fez de Portugal campeão europeu.
Portugal ganhava "nos grandes" a sua primeira competição internacional. Conseguiu-o empatando seis vezes no tempo regulamentar, com o golo mais jovem de sempre na fase a eliminar de um Europeu (Renato Sanches) e com Cristiano Ronaldo como campeão da Europa pelo seu clube e pelo seu país. A festa em Portugal foi rija e os jogadores da selecção nacional passearam num autocarro descapotável pela cidade de Lisboa, exibindo a taça e festejando com os compatriotas. A comitiva foi recebida em Belém por Marcelo e pelas principais figuras do Estado.
Esse não foi o único título que veio para Portugal a 10 de Julho: antes do jogo, Patrícia Mamona e Sara Moreira já se tinham sagrado campeãs no Europeu de Atletismo de Amesterdão.
Para Julho ainda estava reservada outra importante vitória. A Comissão Europeia andava a ameaçar aplicar sanções a Portugal desde Maio, devido à incapacidade de ter colocado o défice abaixo de 3% em 2015. Em causa estava uma multa de até 360 milhões de euros e o congelamento de 50% dos fundos comunitários de 2017. O processo foi avançando nos meses seguintes, sempre com a multa como cenário mais provável. Mas inesperadamente, a 27 de Julho, a Comissão Europeia propôs o cancelamento das sanções a Portugal. Mais tarde ficaria também pelo caminho a suspensão dos fundos.
O castigo de Bruxelas foi o principal tema do debate do Estado da Nação, o primeiro de António Costa, que teve lugar a 7 de Julho, e no qual o primeiro-ministro garantiu que cumpriu o programa do Governo, perante as críticas do PSD de que estava a fazer "tudo ao contrário" do que devia.
Mas foi também em Julho que a polémica nova administração da CGD foi submetida à avaliação do Mecanismo Único de Supervisão. A decisão haveria de chegar no mês seguinte. Foi também em Julho que a anterior equipa de gestão aceitou ficar no banco público até ao final de Agosto. E o Governo avançou aos sindicatos que o plano de reestruturação da CGD previa a saída de 2.500 trabalhadores, a partir de 2017.
Mas o dia 1 de Julho também serviu para digerir o emocionante jogo da véspera com a Polónia, nos quartos-de-final do Euro 2016, em que a selecção começou a perder e que foi decidido no desempate por grandes penalidades. Do lado nacional ninguém falhou, e Rui Patrício brilhou ao travar o remate de Blaszczykowski. Seria Ricardo Quaresma a selar o apuramento para as meias-finais, a 6 de Julho, onde Portugal enfrentou uma das sensações do torneio - o País de Gales.
Nesse dia, e depois de cinco empates consecutivos no tempo regulamentar, Portugal conseguia finalmente a sua primeira vitória, brindando o conjunto de Gareth Bale com golos de Ronaldo e Nani. Essa vitória garantiu o bilhete para a final da competição. O adversário seria França, que costumava ganhar a Portugal quando os jogos eram a doer. Quando o Bola de Ouro Ronaldo se lesionou, logo aos oito minutos, depois de uma entrada violenta de Payet, parecia que os deuses do futebol voltavam a bafejar os franceses. Mas uma actuação preciosa de Rui Patrício entre os postes e a "estrelinha" do lado luso permitiram levar o jogo para prolongamento. E aí, o "patinho feio" Eder tornou-se o improvável herói nacional, ao marcar o único golo da partida que fez de Portugal campeão europeu.
Portugal ganhava "nos grandes" a sua primeira competição internacional. Conseguiu-o empatando seis vezes no tempo regulamentar, com o golo mais jovem de sempre na fase a eliminar de um Europeu (Renato Sanches) e com Cristiano Ronaldo como campeão da Europa pelo seu clube e pelo seu país. A festa em Portugal foi rija e os jogadores da selecção nacional passearam num autocarro descapotável pela cidade de Lisboa, exibindo a taça e festejando com os compatriotas. A comitiva foi recebida em Belém por Marcelo e pelas principais figuras do Estado.
Esse não foi o único título que veio para Portugal a 10 de Julho: antes do jogo, Patrícia Mamona e Sara Moreira já se tinham sagrado campeãs no Europeu de Atletismo de Amesterdão.
Para Julho ainda estava reservada outra importante vitória. A Comissão Europeia andava a ameaçar aplicar sanções a Portugal desde Maio, devido à incapacidade de ter colocado o défice abaixo de 3% em 2015. Em causa estava uma multa de até 360 milhões de euros e o congelamento de 50% dos fundos comunitários de 2017. O processo foi avançando nos meses seguintes, sempre com a multa como cenário mais provável. Mas inesperadamente, a 27 de Julho, a Comissão Europeia propôs o cancelamento das sanções a Portugal. Mais tarde ficaria também pelo caminho a suspensão dos fundos.
O castigo de Bruxelas foi o principal tema do debate do Estado da Nação, o primeiro de António Costa, que teve lugar a 7 de Julho, e no qual o primeiro-ministro garantiu que cumpriu o programa do Governo, perante as críticas do PSD de que estava a fazer "tudo ao contrário" do que devia.
Mas foi também em Julho que a polémica nova administração da CGD foi submetida à avaliação do Mecanismo Único de Supervisão. A decisão haveria de chegar no mês seguinte. Foi também em Julho que a anterior equipa de gestão aceitou ficar no banco público até ao final de Agosto. E o Governo avançou aos sindicatos que o plano de reestruturação da CGD previa a saída de 2.500 trabalhadores, a partir de 2017.
A capa
11 de Julho
No dia seguinte a ter conquistado o Campeonato da Europa de futebol, a selecção voou de regresso a Lisboa para o respectivo banho de multidão. A festa começou logo no aeroporto, com uma recepção com jactos de água, passou pela Alameda D. Afonso Henriques, pelo palácio de Belém e terminou em Oeiras.