Outros sites Medialivre
Notícia

Como ganhar com a retoma da economia

A economia portuguesa dá sinais de vitalidade. Uma evolução que deverá continuar a sustentar a bolsa.

31 de Outubro de 2013 às 00:12
  • Partilhar artigo
  • ...

A recuperação da economia é o grande desafio que Portugal tem pela frente. E começa a dar os primeiros sinais de vitalidade, depois do PIB português ter crescido em cadeia no segundo trimestre, após dez seguidos em recessão. Embora tenha um percurso tortuoso pela frente, os especialistas estão moderadamente optimistas. A confirmar-se a retoma, há acções que vão beneficiar mais.

A economia portuguesa cresceu 1,1% no segundo trimestre de 2013, face aos três meses anteriores, marcando um regresso ao crescimento. Para o terceiro trimestre antecipa-se novamente uma evolução positiva. Os especialistas não têm dúvida de que se tratam de bons indicadores. Ainda assim, é preciso não esquecer o caminho difícil que o país tem pela frente, dominado pela austeridade e a perda de poder de compra real, que acarretam riscos para a economia.

"Ainda é cedo para ver, na economia real, esses sinais de retoma, não estando incorporado nas expectativas do mercado um crescimento significativo de resultados das empresas portuguesas nos próximos trimestres", argumenta Nuno Marques, gestor do Banif Acções Portugal.

 

Já José Valente, responsável pela gestão do fundo de acções nacionais do BES, destaca que "é necessário um plano estratégico sustentável a médio e longo prazo para que a expansão económica se traduza num horizonte temporal e em amplitudes superiores a futuras recessões económicas".

Apesar dos riscos, os sinais são claramente de retoma. "Existem elevadas probabilidades da economia portuguesa ter voltado a crescer sequencialmente no terceiro trimestre" e, "para o quarto trimestre, a visibilidade é ainda reduzida, mas existem alguns factores que poderão influenciar positivamente a evolução da procura interna e o PIB", explica Diogo Pimentel, gestor do Santander Acções Portugal.

As empresas mais expostas à economia interna, que foram as mais castigadas em bolsa após o pedido de assistência financeira, são agora as que têm maior margem para valorizar. Sectores como o retalho, as telecomunicações e a banca estão na linha da frente para beneficiar com a recuperação, defendem os analistas. Sonae SGPS, Zon Optimus, BCP, BES e Mota-Engil estão entre as empresas destacadas.

Mais notícias