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Cuidado com os produtos estruturados

Poupar bem passa por zelar pela preservação do capital. Cumprir esse objectivo aconselha a seguir a máxima do milionário Warren Buffett: nunca investir num negócio que não se percebe. Por isso desconfie quando lhe propuserem um produto cuja remuneração pareça depender de uma conjugação improvável de factores cósmicos.

31 de Outubro de 2013 às 00:20
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Os clientes são frequentemente confrontados pelos bancos com a subscrição de produtos financeiros complexos ou estruturados. Muitos assumem a forma de obrigações de caixa cuja remuneração está indexada ao desempenho de um activo ou conjunto de activos, que podem ser acções, índices ou matérias-primas. O investidor deve ter em atenção que ao subscrever este tipo de produtos está na prática a emprestar dinheiro ao seu emissor, que pode ser o banco comercializador ou outro. O que significa que fica exposto ao risco de esse banco não conseguir pagar a dívida.

 

Deve também estar consciente de que este tipo de produto muitas vezes só tem o capital garantido no final do prazo. Analise bem as condições de remuneração e não se deixe levar pelas possibilidades de rendibilidade prometidas. Estudos da CMVM mostram que o retorno é quase sempre muito baixo.

São comercializados muitos outros produtos financeiros complexos que podem proporcionar ganhos elevados de curto prazo. São exemplos os CFD ("contracts for difference"), os "warrants", ou os contratos futuros, instrumentos financeiros que permitem alavancar os ganhos, mas também aumentam o potencial de perdas. O elevado risco recomenda que apenas investidores com conhecimentos avançados e capacidade para assumir "prejuízos" recorram a estas soluções de investimento.

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