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Há muita esperança depositada com a possível chegada dos novos jactos E2?
Não só para Évora, como para qualquer fábrica da Embraer, o E2 é um avião significativo. Em qualquer dos casos, temos um plano B para Évora. Évora tanto pode produzir para a casa-mãe como para outros fabricantes [aeronáuticos].
Há outros interessados aqui na unidade de Évora para lá da própria Embraer?
Sempre tem. Mas é uma relação cliente-fornecedor que precisa ser um ganha-ganha [benéfica para ambos]. As oportunidades estão aí. Agora, quem vai ditar isso é o mercado. Hoje, como estamos no arranque, Évora fornece só a Embraer. Mas não estamos limitados só a fornecer a Embraer.
Então, se vier aí uma Airbus ou uma Boeing à procura dos vossos produtos as portas não estão fechadas.
Se for um negócio que der retorno, as portas estarão sempre abertas.
Neste momento, a totalidade da vossa actividade é dedicada a exportação?
Tudo o que fazemos é para exportação. Todas as peças que fabricamos actualmente vão para o Brasil.
A facilidade logística, com a proximidade a vários portos nacionais, é um dos pontos fortes que tem destacado nos seus discursos. Mas também haverá dificuldades.
Sou optimista por natureza. As dificuldades que aqui encontrei sempre foram transpostas com criatividade. Numa empresa de vanguarda, um dos problemas pode passar pela retenção de mão-de-obra. Temos trabalhado muito nisso e não temos tido problemas de rotatividade. O nosso clima organizacional é óptimo, com muitos investimentos em treino e capacitação. As pessoas que estão connosco estão capacitadas para trabalhar neste mercado em qualquer empresa. É o melhor legado que podemos deixar: pessoas preparadas e capacitadas para o mercado de trabalho.
O próprio Governo português tem tecido elogios ao trabalho da Embraer em Évora. Chegou-se mesmo a falar que poderia avançar com a encomenda de alguns aviões de defesa KC-390.