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Entre 2013 e 2016, a Embraer chegou à liderança no mundo empresarial eborense, tanto em volume de negócios como em exportações. Dividida na produção de estruturas metálicas e de materiais compósitos, a multinacional de origem brasileira chegou ao Alentejo em 2009 e trouxe com ela outros investimentos, desde uma segunda fábrica no parque aeronáutico até à atracção da portuguesa Air Olesa, da francesa Mecachrome e da também brasileira Compendionauta. Agora é a vez da Boeing. Ao que tudo indica, a norte-americana deverá controlar 80% de uma nova empresa em parceria com a Embraer, uma mudança que a autarquia local vê como boa notícia.
No "ranking" disponibilizado ao Negócios pela Informa D&B, referente a dados de 2016, logo a seguir à gigante brasileira, surge a Kemet Electronics, fabricante de componentes electrónicos com sede nos Estados Unidos que está a facturar mais de 26 milhões de euros na capital alentejana.
Para se perceber o peso destas duas marcas na relação com o mercado exterior, vamos aos números. Em 2016, Évora contabilizou quase 382 milhões de euros em exportações (quase metade do volume global de negócios do município), de acordo com o Instituto Nacional de Estatística, sendo que aproximadamente 123 milhões resultaram das actividades da Embraer e da Kemet. Nesta lista das 10 maiores exportadoras em 2016, disponibilizada pela Informa D&B, deixou de constar a Tyco Electronics, que em 2013 era a que de Évora mais vendia ao exterior, com um valor de quase 155 milhões de euros.
Mas não são apenas a electrónica e a aeronáutica a alimentar a economia local. A fundição, a cortiça, os transportes, o retalho e a agropecuária têm bastante peso na malha eborense, contribuindo para um volume de facturação total do concelho de mais de 781 milhões de euros. É de realçar, ainda, que duas das maiores exportadoras a operar em Évora, a Valair e a Aptoide, apenas têm no município a sua sede fiscal. As actividades são desenvolvidas noutros pontos do país e no estrangeiro.