- Partilhar artigo
- ...
"Daquele lado é um trabalho de repetição das mesmas peças. Aqui fazemos peças sempre diferentes." É assim que o director, Marco Vasconcelos, começa por explicar a actividade da EVT (Évora Toolings), a mais recente empresa do grupo Aluthea implantada no Alentejo e que complementa a actividade da trintenária Fundição de Évora.
A EVT é a fábrica de moldes e protótipos, onde uma impressora 3D convive com projectos desenhados em computador e com uma máquina de comando numérico computadorizado (CNC) de cinco eixos. Mas também com a experimentação para tornar reais as ideias vindas da robótica, da Medicina ou do sector da iluminação. Se é bastante provável que a procura por novas luminárias decresça com a redução do número de projectos LED, a capacidade de produzir para lá deste segmento será um porto seguro.
Desde o início das operações, em Setembro de 2017 até 31 de Março deste ano, a facturação da EVT foi de quase 740 mil euros, mas estes foram apenas os primeiros passos do braço eborense que permite dotar a Fundição de maior capacidade de resposta. Hoje, por exemplo, desenharam o protótipo de uma peça que fixa a luminária à estrutura-base e que, vista no ecrã de um computador, lembra uma articulação humana. "Se o cliente quer o esboço de uma peça, nós ajudamos a desenvolver esse projecto, coisa que não fazíamos anteriormente. Além de que o tempo de produção, por ser aqui ao lado, é reduzido", sumariza Maria do Rosário, da Fundição de Évora.
Apesar das fresadoras e impressoras, também nesta unidade muito do trabalho minucioso, como os polimentos finais, continua a ser feito manualmente. "Há processos como perfurações, na ordem dos 500 a 600 milímetros, que não se conseguem fazer com máquinas", explica Marco Vasconcelos. Por outro lado, a tecnologia permite executar o que a mão humana não é capaz, como "estes acabamentos tipo espelho", mostra o director enquanto afaga uma placa de alumínio na esperança de conseguir ver o seu reflexo.
Maria do rosÁRIO RAIMUNDO
Co-directora da FE