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Presidente do IGCP confiante na descida dos juros da dívida pública portuguesa

Moreira Rato reiterou, em declarações ao Financial Times, que Portugal deverá emitir dívida de longo prazo no início de 2014 e mostrou-se confiante com a evolução dos juros das obrigações soberanas, com a aproximação do fim do programa de ajustamento.

09 de Dezembro de 2013 às 17:40
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O presidente da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP), João Moreira Rato, acredita que com o aproximar do fim do programa de ajustamento, agendado para meados do próximo ano, o spread dos juros da dívida pública portuguesa pode reduzir-se face ao dos outros países periféricos do euro.

 

“Assim que esta incerteza for removida, não há razão para que não haja uma prestação superior [da dívida portuguesa] quando comparada com a dívida de outros países periféricos do euro”, afirmou Moreira Rato ao “Financial Times”.

 

A “yield” das obrigações do Tesouro a 10 anos está esta segunda-feira no mercado secundário nos 6,04%, em ligeira alta face à sessão de sexta-feira. Os juros da dívida de Espanha e Itália, para a mesma maturidade, estão ligeiramente acima dos 4%.

 

Nas declarações ao jornal britânico, o presidente do IGCP reiterou que o objectivo de Portugal passa por emitir dívida de longo prazo no início de 2014, ano em que as necessidades de financiamento do país atingem 7 mil milhões de euros. “A nossa intenção é lidar com estes 7 mil milhões de euros no início de 2014, e depois começar a pré-financiar 2015”, referiu, reiterando o que na semana passada já tinha dito à Bloomberg.

 

Moreira Rato não quis comparar a situação de Portugal com a da Irlanda, que construiu uma almofada de liquidez de 21,5 mil milhões de euros, que permitiu ao país prescindir de um programa cautelar para o regresso aos mercados no pós-troika. O montante de financiamento que Portugal vai em 2014 obter no mercado vai depender do apetite dos investidores, pois “é o mercado que oferece as oportunidades”, disse.

 

O IGCP pretende financiar-se em 2014 através de emissões sindicadas e reabertura de linhas de obrigações já existentes, sendo que a emissão pensada para Janeiro poderá passar por obrigações com maturidade a 10 anos.

 

Moreira Rato revelou ainda que o GCP pode avançar com uma emissão de dívida destinada aos Estados Unidos, pois “há uma forte procura de investidores norte-americanos, mas não necessariamente [de dívida denominada em dólares”.      

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