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Juros da dívida pública portuguesa aliviam pelo quarto dia consecutivo

A "yield" das obrigações a 10 anos está a abaixo de 3,7%, numa sessão em que os juros estão a recuar em todas as maturidades. Os analisas justificam a descida com o impacto limitado do resgate do BES.

Bruno Simão/Negócios
13 de Agosto de 2014 às 12:43
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Os juros das obrigações soberanas portuguesas estão a recuar pela quarta sessão consecutiva em todas as maturidades, aliviando da tendência de alta da semana passada, com os analistas a salientarem que a solução encontrada no resgate ao BES permitiu conter o que poderia ser uma crise sistémica na banca.     

 

A "yield" dos títulos de dívida a 10 anos recua 5 pontos base para 3,69%, negociando abaixo dos 3,7% pela primeira vez desde 4 de Agosto, o dia seguinte ao anúncio do resgate do BES. Está ainda longe do mínimo atingido a 10 de Junho nos 3,23%, mas abaixo dos valores da semana passada, quando se aproximaram dos 4%. No início de Julho, quando as empresas do GES começaram a falhar pagamentos, a taxa chegou a superar os 4%.

 

No prazo a cinco anos a "yield" desce 5 pontos base para 2,2% na sessão de hoje e na maturidade a dois anos recua 3 pontos base para 0,69%.

 

Analistas ouvidos pela Bloomberg associam este alívio nos juros da dívida pública portuguesa à percepção que o colapso no BES não terá impacto sistémico para a banca europeia e para as contas pública de Portugal.

 

"A acção bastante rápida de Portugal ajudou a conter os estragos", disse David Schnautz à agência noticiosa. "Foi muito interessante ver que crise inicial foi diminuta e rápida", acrescentou o analista do Commerzbank.

 

O presidente do Banco Central Europeu, na conferência de imprensa após a reunião da semana passada, considerou que as autoridades portuguesas e a Comissão Europeia actuaram bem na resolução da crise do BES, evitando uma situação com possíveis impactos sistémicos.

 

O Goldman Sachs também assinalou que os efeitos da crise do BES estão a ser contidos até ao momento, embora considere que a margem para mais descidas das "yields" dos títulos portugueses seja diminuta.

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