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Juros a dois anos de Portugal renovam mínimos em valores negativos

As taxas de juro implícitas nas obrigações portuguesas registam oscilações pouco acentuadas, num dia em que Portugal vai emitir dívida de curto prazo e em que o BCE se reúne numa altura em que decorre o programa de compra de dívida soberana.

Miguel Baltazar/Negócios
15 de Abril de 2015 às 09:43
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A taxa de juro implícita nas obrigações a dois anos já renovou esta quarta-feira, 15 de Abril, o seu mínimo histórico ao negociar nos -0,017%. Entretanto, a evolução destes juros já abrandou e seguem a descer 0,04 pontos base para 0,14%.

 

No prazo a cinco anos a tendência também é de queda, com os juros a descerem 0,01 pontos para 0,80%. Situação idêntica é observada na taxa a 10 anos, com os juros a cederem 0,04 pontos para 1,754%.

 

Apesar de nestes prazos a tendência ser de queda, no resto das maturidades os juros estão a subir. Estes comportamentos surgem num dia em que Portugal regressa ao mercado de dívida e em que há a reunião do Banco Central Europeu (BCE).

 

Portugal vai ao mercado de dívida esta quarta-feira, 15 de Abril, para um duplo leilão de bilhetes do Tesouro. Em causa estão títulos a três e 11 meses, com o IGCP a procurar angariar entre 1.000 e 1.250 milhões de euros. Estas operações, tal como as mais recentes, deverão continuar a beneficiar do programa de compra de dívida do BCE, que tem levado a uma queda acentuada dos juros. As taxas de juro deverão continuar a cair e podem mesmo chegar a negativo.

 

A marcar o dia está também a reunião do BCE, numa altura em que continua a decorrer o programa de compra de dívida e em que os dados revelam uma travagem no ritmo de compra. O BCE gastou apenas 12,01 mil milhões de euros com as compras de activos na semana passada. Este é o valor mais baixo desde que, a 9 de Março, a instituição liderada por Mario Draghi começou a adquirir activos do sector público. Um ritmo que não poderá manter-se até ao fim do mês, já que seria insuficiente para atingir o objectivo mensal de 60 mil milhões.


A Moody’s fez mesmo um relatório em que defende que o BCE terá dificuldades em manter as compras de dívida até Setembro de 2016. Os títulos alemães deverão ser os primeiros a esgotar-se, diz a Moody’s, mas a dívida nacional será também um problema. A instituição terá que rever os limites às compras.

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