Os portugueses estão a aumentar, novamente, a "aposta" nos títulos de dívida pública colocados no retalho. Em Abril, os certificados de aforro e Certificados do Tesouro Poupança Mais (CTPM), captaram, em conjunto, mais de 130 milhões de euros. Isto depois de dois meses marcados por uma fraca adesão na sequência do corte das taxas pelo Governo.

Em Abril, de acordo com os dados do Banco de Portugal, os certificados de aforro voltaram acima da "linha de água" ao registarem um saldo positivo de 29 milhões de euros. O montante total aplicado nestes títulos de capitalização ascendeu a 12.665 milhões de euros face aos 12.636 milhões registados no mês anterior. Em Fevereiro e Março o saldo real foi negativo.

Se nos de aforro houve um regresso ao "verde", nos CTPM as subscrições aumentaram em 65%, passando de 63 para 104 milhões de euros. No total, os portugueses investiram 133 milhões de euros nestes títulos, isto depois de dois meses marcados por uma escassez na obtenção de novos fundos por parte destes títulos na sequência do corte acentuado realizado pelo Governo às taxas.

Os certificados de aforro passaram a ter um prémio de apenas 1%, oferecendo agora uma taxa de 1,001%, já os CTPM, que pagavam um juro médio de 4,25%, dão agora 2,25%. Contudo, os bancos estão a oferecer taxas ainda mais baixas, de 0,93%, em média. Na falta de alternativas mais atractivas, mas com um risco baixo, aumenta a procura por dívida pública vendida no retalho.