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DBRS confirma "rating" máximo da União Europeia

A agência canadiana de notação financeira manteve o "rating" da União Europeia inalterado em "AAA", e a perspectiva continua "estável".

Reuters
09 de Janeiro de 2015 às 19:26
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A Dominion Bond Rating Service (DBRS) manteve a classificação da dívida soberana de longo prazo da União Europeia na sua notação máxima, o triplo A.

 

A justificar esta decisão está a sua avaliação de base, que considera prioritariamente os "ratings" dos Estados-membros mais preponderantes para a economia da UE.

 

"Os ‘ratings’ são sustentados pela qualidade creditícia dos Estados-membros ‘core’ da União Europeia e pelo seu compromisso colectivo de apoiar a capacidade da UE de reembolsar a sua dívida", sublinha a DBRS no seu relatório divulgado esta sexta-feira, 9 de Janeiro.

 

Esta manutenção do triplo A também "beneficia da gestão conservadora do Orçamento, com múltiplos acordos que protegem os credores", bem como do estatuto de credor preferencial da União Europeia.

 

A perspectiva estável, por seu lado, "reflecte a visão da DBRS de que os riscos de curto prazo nos ‘ratings’ da União Europeia são baixos", acrescenta. No entanto, a agência canadiana adverte que as notações podem ser revistas em baixa se houver uma deterioração da avaliação do apoio que é dado ou se a UE registar uma deterioração material do seu perfil de risco.

Perspectiva para notação de Portugal "estável"

 

Recorde-se que a 21 de Novembro a DBRS manteve o "rating" de Portugal inalterado em "BBB" (baixo) [qualidade de crédito adequada, que é o último nível da categoria de investimento], mantendo também a perspectiva "estável".

 

A justificar a manutenção do "rating", a agência canadiana apontou o compromisso de Portugal de melhorar as suas finanças públicas, bem como a implementação de reformas estruturais.

 

Além disso, a DBRS referiu os benefícios de Portugal ser membro da Zona Euro, bem como o impacto orçamental moderado sobre as finanças públicas que se prevê para as despesas relacionadas com o envelhecimento populacional no longo prazo.

 

Já relativamente à perspectiva "estável", a agência disse que esta reflectia essencialmente três factores: a convicção, por parte da DBRS, de que Portugal fez progressos na redução do défice orçamental e do défice das contas correntes; e a criação de almofadas financeiras de boa dimensão, que reduzem o risco de ‘rollover’ [emitir nova dívida para reembolsar a que chegar à maturidade] no curto prazo, bem como o fortalecimento do sector bancário do país em resultado das medidas de reestruturação e de recapitalização.

 

As pressões negativas sobre o "rating" poderão materializar-se se o crescimento for significativamente inferior às actuais expectativas, sublinhou.

 

Na avaliação anterior, a 23 de Maio, a DBRS tinha já mantido o "rating" de Portugal, altura em que melhorou o "outlook" de ‘negativo’ para ‘estável’.

 

A agência canadiana utiliza os termos ‘alto’ (high) e ‘baixo’ (low) nas suas notações, associados a letras. Esses termos correspondem aos sinais de ‘+’ e ‘-’ atribuídos pelas três maiores agências de rating e pela grande maioria das restantes agências.

 

Actualmente, a S&P tem uma notação de ‘BB’ para Portugal, que corresponde ao segundo nível de "lixo" – categoria em que o investimento na dívida portuguesa é considerado especulativo. 

 

Já a Fitch tem uma classificação de ‘BB+’, que é o primeiro nível de "junk". A Fitch, ao contrário do que se esperava, não subiu o "rating" português na avaliação divulgada no passado mês de Outubro. Quanto à perspectiva, reiterou-a como "positiva".

 

A Moody’s, por seu lado, elevou em Julho a notação de Portugal para "Ba1", faltando ainda mais uma subida para deixar de ter a classificação de "lixo". Hoje é dia, pela agenda desta agência, de se pronunciar uma vez mais sobre Portugal, sendo que a expectativa é de que eleve pelo menos a perspectiva de "estável" para "positiva".

 

 

 

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