Notícia
Portugal emite dívida a dez anos ao custo mais baixo de sempre
O IGCP voltou ao mercado para emitir dívida a 10 anos ao juro mais baixo de sempre. A procura superou ainda mais a oferta, face à emissão anterior, o que mostra o interesse dos investidores na dívida pública portuguesa.
O Tesouro português regressou esta quarta-feira, 10 de abril, ao mercado de dívida de longo prazo com uma emissão em que pagou o juro mais baixo de sempre. O IGCP, instituto que gere a dívida pública portuguesa, encaixou 600 milhões de euros a dez anos a uma taxa de juro de 1,143%. A procura superou 2,28 vezes a oferta, mais do que o rácio de 1,6 da emissão anterior comparável.
Na emissão a 18 anos, Portugal financiou-se em 400 milhões de euros a uma taxa de juro de 1,896%. A procura foi 1,83 vezes superior à oferta.
Com esta emissão de mil milhões de euros sobe para 7,25 mil milhões de euros as emissões de Obrigações do Tesouro deste ano e aproxima-se de garantir 50% das necessidades de financiamento para 2019.
A última vez que o IGCP tinha ido ao mercado emitir obrigações a 10 anos foi a 13 de março. Nessa altura, Portugal financiou-se em 862 milhões de euros e conseguiu uma taxa de juro de 1,298%, o que correspondia então ao valor mais baixo de sempre.
No mercado secundário, esta manhã os juros portugueses atingiram um novo mínimo histórico ao tocar nos 1,172% na sequência da decisão da agência canadiana DBRS, na sexta-feira, de elevar a perspetiva para a evolução da dívida de longo prazo de Portugal, de estável para positiva, o que indica que em breve poderá subir o rating e passar a ser a agência que dá melhor classificação à República.
Apesar de não ser uma melhoria da notação financeira, a decisão da DBRS é positiva e está a beneficiar a negociação da dívida portuguesa no mercado secundário. Nos últimos dois meses, os juros das dívidas soberanas têm estado em queda uma vez que têm sido o refúgio dos investidores que temem o impacto da desaceleração económica nos resultados das empresas cotadas.
Este efeito aliado à melhoria do rating da República e a política acomodatícia do Banco Central Europeu têm levado os juros para mínimos históricos no mercado secundário.
"A título comparativo em novembro de 2018 Portugal fez emissão a 10 anos a pagar 1,9%, hoje consegue emitir para 18 anos com uma taxa mais baixa 1,896%", recorda Filipe Silva do Banco Carregosa, numa nota enviada às redações, para exemplificar a rápida descida dos juros exigidos pelos investidores. Para o analista "estes leilões são bastante importantes para conseguirmos ir reduzindo o custo médio da nossa dívida".
Depois de uma subida ligeira em janeiro, o custo da nova dívida emitida pelo IGCP voltou a baixar para os 1,8% entre janeiro e fevereiro, o mesmo valor que, em média, registou-se durante 2018, de acordo com os dados disponíveis no boletim mensal do IGCP.
O montante das necessidades de financiamento líquidas do Estado no ano de 2019 deverá situar-se em cerca de 8,6 mil milhões de euros. Segundo o programa de financiamento, o IGCP pretende emitir um total de 15,4 mil milhões de euros em Obrigações do Tesouro, o que representa um aumento de 400 milhões de euros face ao que esperava emitir no ano passado. Até ao momento já conseguiu 47% desse total.
(Notícia atualizada pela última vez às 11h22 com o comentário de Filipe Silva do Banco Carregosa)
Na emissão a 18 anos, Portugal financiou-se em 400 milhões de euros a uma taxa de juro de 1,896%. A procura foi 1,83 vezes superior à oferta.
A última vez que o IGCP tinha ido ao mercado emitir obrigações a 10 anos foi a 13 de março. Nessa altura, Portugal financiou-se em 862 milhões de euros e conseguiu uma taxa de juro de 1,298%, o que correspondia então ao valor mais baixo de sempre.
No mercado secundário, esta manhã os juros portugueses atingiram um novo mínimo histórico ao tocar nos 1,172% na sequência da decisão da agência canadiana DBRS, na sexta-feira, de elevar a perspetiva para a evolução da dívida de longo prazo de Portugal, de estável para positiva, o que indica que em breve poderá subir o rating e passar a ser a agência que dá melhor classificação à República.
Apesar de não ser uma melhoria da notação financeira, a decisão da DBRS é positiva e está a beneficiar a negociação da dívida portuguesa no mercado secundário. Nos últimos dois meses, os juros das dívidas soberanas têm estado em queda uma vez que têm sido o refúgio dos investidores que temem o impacto da desaceleração económica nos resultados das empresas cotadas.
Este efeito aliado à melhoria do rating da República e a política acomodatícia do Banco Central Europeu têm levado os juros para mínimos históricos no mercado secundário.
"A título comparativo em novembro de 2018 Portugal fez emissão a 10 anos a pagar 1,9%, hoje consegue emitir para 18 anos com uma taxa mais baixa 1,896%", recorda Filipe Silva do Banco Carregosa, numa nota enviada às redações, para exemplificar a rápida descida dos juros exigidos pelos investidores. Para o analista "estes leilões são bastante importantes para conseguirmos ir reduzindo o custo médio da nossa dívida".
Depois de uma subida ligeira em janeiro, o custo da nova dívida emitida pelo IGCP voltou a baixar para os 1,8% entre janeiro e fevereiro, o mesmo valor que, em média, registou-se durante 2018, de acordo com os dados disponíveis no boletim mensal do IGCP.
O montante das necessidades de financiamento líquidas do Estado no ano de 2019 deverá situar-se em cerca de 8,6 mil milhões de euros. Segundo o programa de financiamento, o IGCP pretende emitir um total de 15,4 mil milhões de euros em Obrigações do Tesouro, o que representa um aumento de 400 milhões de euros face ao que esperava emitir no ano passado. Até ao momento já conseguiu 47% desse total.
(Notícia atualizada pela última vez às 11h22 com o comentário de Filipe Silva do Banco Carregosa)