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Abertura dos mercados: Juros portugueses descem há cinco sessões. Bolsas europeias e euro em alta antes do BCE

Os juros da dívida portuguesa continuam a bater mínimos históricos. As bolsas europeias e o euro estão a subir antes da reunião do Banco Central Europeu.

Reuters
10 de Abril de 2019 às 09:39
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Os mercados em números
PSI-20 sobe 0,27% para os 5.289,63 pontos
Stoxx 600 valoriza 0,25% para os 386,65 pontos
Nikkei desvalorizou 0,53% para 21.687,57 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos caem 2,2 pontos para 1,172%
Euro sobe 0,1% para 1,1274 dólares
Petróleo em Londres ganha 0,28% para 70,81 dólares o barril

Bolsas europeias recuperam após duas sessões de quedas
As bolsas europeias negoceiam em alta esta quarta-feira, 10 de abril, depois da queda de ontem e das bolsas asiáticas se terem afastado de máximos de oito meses. O corte da previsão de crescimento do Fundo Monetário Internacional (FMI) para a economia global, em particular para a Zona Euro, trouxe de novo ao de cima as preocupações dos investidores face à travagem económica. 

Além disso, a ameaça dos Estados Unidos de impor tarifas à União Europeia na sequência do processo contra a Airbus que decorre na Organização Mundial do Comércio (OMC) causou alarme quanto à evolução das relações comerciais. Isto numa altura em que se prevê que os EUA e a China resolvam a sua disputa com um acordo a ser assinado nas próximas semanas.

A beneficiar a negociação na Europa poderá estar a expectativa de que o Conselho Europeu prolongue o Brexit por mais alguns meses, ainda que rejeite o pedido de Theresa May de adiar até 30 de junho. A decisão deverá ser tomada hoje pelos chefes de Estado dos 27 Estados-membros e poderá continuar a afastar, para já, um cenário de saída sem acordo que é temido pelos mercados. 

O Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, sobe 0,25% para os 386,65 pontos, aproximando-se novamente de máximos de agosto. A maior parte dos setores está em alta com destaque para o imobiliário e o setor energético.

A maior parte das praças europeias segue em alta, inclusive a bolsa espanhola que sobe pela primeira vez em três sessões. Em Lisboa, o PSI-20 está a valorizar 0,27% para os 5.289,63 pontos, após a queda de ontem. Uma das cotadas que se destaca pela positiva é a Galp Energia numa altura em que o petróleo sobe. 

Juros portugueses descem há cinco sessões e atingem novos mínimos
Os juros da dívida portuguesa a dez anos estão a cair pela quinta sessão consecutiva, tendo alcançado novos mínimos históricos. Os juros estão a aliviar 2,2 pontos para 1,172%, uma boa notícia para o Tesouro português que regressa hoje ao mercado de dívida de longo prazo. 

A agência canadiana DBRS decidiu na sexta-feira elevar a perspetiva para a evolução da dívida de longo prazo de Portugal, de estável para positiva, o que indica que em breve poderá subir o rating e passar a ser a agência que dá melhor classificação à República.


Apesar de não ser uma melhoria da notação financeira, a decisão da DBRS é positiva e está a beneficiar a negociação da dívida portuguesa no mercado secundário. Nos últimos dois meses, os juros das dívidas soberanas têm estado em queda uma vez que têm sido o refúgio dos investidores que temem o impacto da desaceleração económica nos resultados das empresas cotadas. 

Euro sobe à espera do BCE
A negociação da divisa europeia na sessão de hoje estará dependente das palavras de Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu, após a reunião de política monetária do conselho de governadores. A Bloomberg antecipa que o BCE se foque no aumento das pressões nos preços e no facto de a desaceleração económica ser temporária. 

A expectativa reside no que fará Draghi em relação ao novo programa de financiamento aos bancos, depois de o presidente do BCE ter sugerido que poderia criar condições para ajudar a rentabilidade da banca. 

O euro está a subir 0,1% para os 1,1274 dólares neste momento. Já a libra está a subir 0,11% face ao dólar.

Petróleo avança para perto de máximos de outubro
O "ouro negro" está a negociar em alta, após duas quedas consecutivas no arranque da semana. A influenciar o petróleo estão dois fatores opostos. Por um lado, há a contínua expectativa de que a oferta vai continuar a baixar por causa dos problemas na Venezuela, na Líbia e no Irão assim como os esforços no corte da produção por parte da Organização dos Países Produtores de Petróleo (OPEP). Por outro lado, a Rússia mostrou cautela sobre essa mesma estratégia.

O presidente russo disse que as opções estão em aberto sobre o prolongamento dos cortes implementados pela OPEP+. Vladimir Putin foi mais longe, tendo acrescentado que não apoia um aumento "descontrolado" dos preços do petróleo. 

Além disso, a Bloomberg avança que o American Petroleum Institute deverá revelar um aumento de 4,09 milhões de barris nos inventários norte-americanos de crude, o que, a confirmar-se, poderá pressionar as cotações. 

Os ganhos do barril são impulsionados pelos cortes na produção acertados entre os países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), mas têm sido contidos pelo aumento da produção nos Estados Unidos. 

O crude, negociado em Nova Iorque, regista uma subida de 0,42% para os 64,25 dólares. Já o Brent, negociado em Londres, que serve de referência para as importações portuguesas, valoriza 0,28% para os 70,81 dólares. Ambos negoceiam perto de máximos de cinco meses.

Ouro em máximos de quase duas semanas
O "metal precioso" está a caminho de máximos de mais de uma semana. A beneficiar o ouro está o corte de previsões do FMI - pela terceira vez em seis meses - para o ritmo de crescimento (3,3%) mais baixo da economia mundial desde a crise financeira. Este cenário ainda mais negativo está a aumentar a procura por "ativos de refúgio" como é o caso do ouro. 

O ouro está a subir 0,1% para os 1.305,4 dólares por onça.
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