Notícia
Dívida pública sobe 1,1 mil milhões de euros em março
A dívida pública subiu pelo terceiro mês consecutivo no início deste ano, superando novamente os 250 mil milhões de euros.
A dívida pública aumentou 1,1 mil milhões de euros em março deste ano, situando-se agora nos 250,4 mil milhões de euros - o valor mais elevado desde novembro do ano passado. Os dados foram revelados esta quinta-feira, 2 de maio, pelo Banco de Portugal. Desde o início de 2019, a dívida pública já soma mais cerca de 5,5 mil milhões de euros.
"Para este aumento contribuiu essencialmente o acréscimo dos títulos de dívida", esclarece o banco central. Em causa estiveram, entre outras operações, as idas ao mercado por parte do IGCP. Em março, a agência que gere a dívida pública emitiu duas linhas de Obrigações do Tesouro com um valor total 1,25 mil milhões de euros.
Na nota de informação estatística divulgada hoje, o Banco de Portugal revela ainda que os ativos em depósitos das administrações públicas - a chamada "almofada financeira" - aumentaram 1,2 mil milhões de euros, tendo atingido os 22,7 mil milhões de euros. A dívida pública líquida de depósitos baixou 100 milhões de euros, totalizando 227,7 mil milhões de euros.
O ministro das Finanças, Mário Centeno, prevê que no próximo ano a dívida pública diminua não só em percentagem do PIB, mas também em termos nominais. Esse é o ano em que o Governo antecipa que Portugal registe pela primeira vez excedentes orçamentais. Ou seja, o Estado deixa de precisar de financiar-se para pagar despesa e começa a registar excedentes que podem ser utilizados para reduzir o fardo da dívida pública.
Apesar da subida do valor nominal da dívida pública - que tende a ser maior no início do ano por ser quando o IGCP concentra as idas ao mercado -, o seu peso na economia tem baixado por causa do contributo positivo do crescimento do PIB. A meta do Governo é baixar o rácio da dívida pública dos 121,5% em 2018 para os 118,6% em 2019.
Além disso, o custo médio da dívida pública tem vindo a baixar gradualmente ao longo dos últimos anos. O endividamento custou 2,8% no ano passado, abaixo dos 3% de 2017. Acresce que entre janeiro e março de 2019, o custo da dívida emitida situou-se nos 1,7%, também este um novo mínimo histórico (pelo menos desde 2010).
Recorde-se que, normalmente, há uma concentração da maior parte das idas ao mercado por parte do IGCP no início do ano para fazer face às necessidades de financiamento das administrações públicas, o que resulta em maiores aumentos do valor absoluto da dívida pública na primeira parte de cada ano.
O montante das necessidades de financiamento líquidas do Estado no ano de 2019 deverá situar-se em cerca de 8,6 mil milhões de euros. Segundo o programa de financiamento, a agência que gere a dívida pública portuguesa pretende emitir um total de 15,4 mil milhões de euros em Obrigações do Tesouro, o que representa um aumento de 400 milhões de euros face ao que esperava emitir no ano passado.
(Notícia atualizada às 11h17 com mais informação)
"Para este aumento contribuiu essencialmente o acréscimo dos títulos de dívida", esclarece o banco central. Em causa estiveram, entre outras operações, as idas ao mercado por parte do IGCP. Em março, a agência que gere a dívida pública emitiu duas linhas de Obrigações do Tesouro com um valor total 1,25 mil milhões de euros.
Na nota de informação estatística divulgada hoje, o Banco de Portugal revela ainda que os ativos em depósitos das administrações públicas - a chamada "almofada financeira" - aumentaram 1,2 mil milhões de euros, tendo atingido os 22,7 mil milhões de euros. A dívida pública líquida de depósitos baixou 100 milhões de euros, totalizando 227,7 mil milhões de euros.
O ministro das Finanças, Mário Centeno, prevê que no próximo ano a dívida pública diminua não só em percentagem do PIB, mas também em termos nominais. Esse é o ano em que o Governo antecipa que Portugal registe pela primeira vez excedentes orçamentais. Ou seja, o Estado deixa de precisar de financiar-se para pagar despesa e começa a registar excedentes que podem ser utilizados para reduzir o fardo da dívida pública.
Apesar da subida do valor nominal da dívida pública - que tende a ser maior no início do ano por ser quando o IGCP concentra as idas ao mercado -, o seu peso na economia tem baixado por causa do contributo positivo do crescimento do PIB. A meta do Governo é baixar o rácio da dívida pública dos 121,5% em 2018 para os 118,6% em 2019.
Além disso, o custo médio da dívida pública tem vindo a baixar gradualmente ao longo dos últimos anos. O endividamento custou 2,8% no ano passado, abaixo dos 3% de 2017. Acresce que entre janeiro e março de 2019, o custo da dívida emitida situou-se nos 1,7%, também este um novo mínimo histórico (pelo menos desde 2010).
Recorde-se que, normalmente, há uma concentração da maior parte das idas ao mercado por parte do IGCP no início do ano para fazer face às necessidades de financiamento das administrações públicas, o que resulta em maiores aumentos do valor absoluto da dívida pública na primeira parte de cada ano.
O montante das necessidades de financiamento líquidas do Estado no ano de 2019 deverá situar-se em cerca de 8,6 mil milhões de euros. Segundo o programa de financiamento, a agência que gere a dívida pública portuguesa pretende emitir um total de 15,4 mil milhões de euros em Obrigações do Tesouro, o que representa um aumento de 400 milhões de euros face ao que esperava emitir no ano passado.
(Notícia atualizada às 11h17 com mais informação)