Notícia
Portugal emite 1.250 milhões em dívida de curto prazo com juros mais negativos
Num duplo leilão de Bilhetes do Tesouro com maturidade em julho deste ano e em março de 2020, o Tesouro português conseguiu juros negativos, com a procura a superar a oferta em ambos os casos.
Portugal voltou, esta quarta-feira, 17 de abril, a emitir dívida de curto prazo com juros negativos. A Agência de Gestão de Tesouraria e da Dívida Pública - IGCP colocou um total de 1.250 milhões de euros em Bilhetes do Tesouro (BT), num duplo leilão em que conseguiu taxas de juro mais baixas do que nas emissões anteriores.
No leilão de BT a três meses, o IGCP emitiu 300 milhões de euros, com uma taxa de juro de -0,415%, uma melhoria face aos juros de -0,389% que tinha conseguido no último leilão comparável, em fevereiro deste ano.
Já na emissão de bilhetes com prazo mais longo, com maturidade em março de 2020, o Tesouro português emitiu 950 milhões de euros, com uma taxa de juro de -0,368%, também ligeiramente mais negativa do que a taxa de -0,363 registada na última emissão comparável, em fevereiro.
Em ambos os casos, a procura superou a oferta, ainda que de forma menos expressiva do que aconteceu em leilões anteriores. Na emissão de mais curto prazo, a procura superou a oferta em 3,12 vezes, enquanto no prazo mais longo este rácio foi de 1,64 vezes.
O resultado desta emissão reflete "o que aconteceu no último leilão de obrigações de longo prazo", onde foram alcançadas taxas mínimas históricas, considera Filipe Silva, do Banco Carregosa. O analista refere-se ao leilão que decorreu na semana passada, no qual o IGCP encaixou 600 milhões de euros em Obrigações do Tesouro a dez anos, a uma taxa de juro de 1,143%, o custo mais baixo de sempre.
"Portugal começou a ter leilões com taxas negativas em abril de 2015, o que tem permitido baixar o custo médio da dívida", lembra ainda.
Por esta altura, contudo, os juros da dívida portuguesa a dez anos estão a subir 0,4 pontos base para 1,203%, depois de, na semana passada, terem alcançado mínimos históricos.
Notícia atualizada às 11:06 com mais informação.
No leilão de BT a três meses, o IGCP emitiu 300 milhões de euros, com uma taxa de juro de -0,415%, uma melhoria face aos juros de -0,389% que tinha conseguido no último leilão comparável, em fevereiro deste ano.
Em ambos os casos, a procura superou a oferta, ainda que de forma menos expressiva do que aconteceu em leilões anteriores. Na emissão de mais curto prazo, a procura superou a oferta em 3,12 vezes, enquanto no prazo mais longo este rácio foi de 1,64 vezes.
O resultado desta emissão reflete "o que aconteceu no último leilão de obrigações de longo prazo", onde foram alcançadas taxas mínimas históricas, considera Filipe Silva, do Banco Carregosa. O analista refere-se ao leilão que decorreu na semana passada, no qual o IGCP encaixou 600 milhões de euros em Obrigações do Tesouro a dez anos, a uma taxa de juro de 1,143%, o custo mais baixo de sempre.
"Portugal começou a ter leilões com taxas negativas em abril de 2015, o que tem permitido baixar o custo médio da dívida", lembra ainda.
Por esta altura, contudo, os juros da dívida portuguesa a dez anos estão a subir 0,4 pontos base para 1,203%, depois de, na semana passada, terem alcançado mínimos históricos.
Notícia atualizada às 11:06 com mais informação.