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Mercado mais pessimista que Bailey atira "yield" da dívida britânica para máximos desde 2008

O Banco de Inglaterra, no último "guidance" divulgado em maio, aponta o pico da taxa de juro diretora nos 4,75%, os quais devem ser alcançados no quarto trimestre deste ano, muito aquém das expectativas do mercado monetário que coloca o tecto dos juros diretores em 6% em fevereiro do próximo ano.

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A "yield" da dívida britânica a dois anos alcançou máximos desde a crise financeira de 2008, numa altura em que os investidores antecipam a manutenção da política monetária restritiva do Banco de Inglaterra (BoE, na sigla em inglês).

No mercado monetário, os investidores apontam para a possibilidade de o pico da taxa de juro diretora britânica chegar ao pico de 6% até fevereiro de 2024.

Assim, os juros das "gilts" a dois anos – mais sensíveis à política monetária - agravaram 25 pontos base para 4,89%, depois de Megan Greene, o mais recente membro do Comité de Política Monetária do banco central ter alertado para a persistência da inflação no Reino Unido e para a dificuldade de fazer a inflação regressar à meta dos 2%.

As declarações da economista surgiram no mesmo dia em que foram divulgados os mais recentes indicadores sobre o mercado de trabalho britânico, que revelaram uma queda do desemprego em maio e uma subida dos salários.

A inflação no Reino Unido registou em abril a maior quebra mensal desde o início da crise do custo de vida, ao cair para 8,7%. Ainda assim – apesar de longe do pico de 11,1% alcançado em outubro - o valor do índice de preços no consumidor ficou acima das expetativas dos analistas, que apontavam para os 8,2%.

O "spread" da "yield" das "gilts" a dois anos e da dívida a dez anos fixou-se em 45 pontos base (acima das obrigações com vencimento em 2033), como não era visto desde setembro do ano passado.

Na última reunião de política monetária, em meados de maio, a autoridade monetária liderada por Andrew Bailey voltou a subir os juros diretores pela 12.ª vez, em concreto em 25 pontos base para 4,5%, em linha com as expectativas do mercado.

Olhando para o futuro, o BoE fica muito aquém do mercado monetário, apontando para que o pico da taxa de juro diretora seja alcançado no quarto trimestre deste ano, quando alcançar os 4,75% , descendo depois - dentro do período de estimativas do banco central - para os 3,5%.

No relatório de política monetária, o Banco de Inglaterra especifica que acredita que a inflação deve cair "rapidamente, para cerca de 5% até o final deste ano", devendo continuar "a recuar no próximo ano, cumprindo a nossa meta de alcançar os 2% até ao final de 2024".

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