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Rishi Sunak como primeiro-ministro acalma Gilts, mas libra segue pressionada

Juros da dívida britânica aliviaram, as bolsas subiram, mas a libra não inverteu o curso. Mercados parecem satisfeitos com Sunak, mas é preciso restituir "credibilidade" considera o vice-governador do Banco de Inglaterra, Dave Ramsden.

Reuters
24 de Outubro de 2022 às 18:32
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Rishi Sunak subiu esta segunda-feira à liderança do Partido Conservador e deverá ser oficializado como primeiro-ministro amanhã, é o que indica a imprensa britânica. O antigo detentor da pasta das Finanças no mandato de Borish Johnson deverá ser o líder mais novo do Reino Unido em mais de 200 anos.

Aos mercados, a subida de Sunak pareceu agradar, com os juros da dívida britânica a aliviarem em todas as maturidades. A "yield" das obrigações a dez anos foi a que registou o maior decréscimo, ao perder 31 pontos base para 3,729%, descendo abaixo da fasquia dos 4%.

No caso das Gilts a 30 anos, que foram alvo de intervenção por parte do Banco de Inglaterra, após a apresentação de um "mini-orçamento" do então ministro das Finanças, Kwasi Kwarteng, tiveram um alívio de 30,4 pontos base para 3,743%, retomando valores registados aquando a eleição de Liz Truss.

Já para a libra, que foi altamente pressionada pelas medidas apresentadas por Kwarteng, a história não foi a mesma. A moeda britânica continuou a ser pressionada pela instabilidade no país e regista perdas tanto face ao dólar como ao euro. O par libra-dólar perde 0,61% para 1,1274 dólares, ao passo que o par libra-euro tomba 0,75% para 1,1420 euros.

Na bolsa, o FTSE 250 ganhou 0,8% e o FTSE 100 subiu 0,6%, num dia em que as principais praças europeias negociaram no verde, com ganhos consideráveis, acima de 1%. Estrategas do JP Morgan, numa nota vista pela Bloomberg, revelaram que continuam com perspetivas "bullish" para os principais índices britânicos, "mesmo apesar da confusão política" no Reino Unido.

Ainda esta segunda-feira, foi ouvido no Comité do Tesouro, o vice-governador do Banco de Inglaterra, Dave Ramsden, que afirmou que os mercados se "mantêm febris" nas perspetivas para o país e que o orçamento que vai ser apresentado no final do mês, a 31 de outubro, deverá trazer mais confiança aos investidores. Ramsden terminou a intervenção afirmando que a "credibilidade é difícil de ganhar, mas fácil de perder" e que o Reino Unido terá de "retornar à estabilidade".
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