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Banco de Inglaterra supera expectativas e agrava juros em 50 pontos base para máximos de 15 anos

O Banco de Inglaterra (BoE) aumentou a taxa de juro diretora pela 13.ª vez consecutiva. Desta vez, o banco central liderado por Andrew Bailey subiu os juros diretores em 50 pontos base para 5%.

Henry Nicholls / Reuters
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O Banco de Inglaterra (BoE) aumentou a taxa de juro diretora pela 13.ª vez consecutiva. A autoridade monetária aumentou os juros em 50 pontos base para 5% - colocando a taxa de juro em máximos de 15 anos - acima das expectativas do mercado, que via com maior probabilidade (60%) um aumento de 25 pontos base. 

Esta subida foi aprovada por uma maioria de sete membros do Comité de Política Monetária (MPC, na sigla em inglês), contra dois, os quais preferiam manter a taxa de juro diretora inalterada em 4,5%.

No comunicado publicado esta quinta-feira após a reunião do Comité, o BoE destaca que os mais recentes dados indicam que a "há mais persistência no processo inflacionista", devido ao contexto do "mercado de trabalho", onde se verifica um desequilibro entre oferta e procura, e à "contínua resiliência na procura".

Assim, o banco central assegura que vai "continuar a acompanhar de perto os indícios de pressão inflacionista enraizada na economia como um todo, incluindo as condições do mercado de trabalho e o desempenho do crescimento salarial e da inflação nos preços dos serviços".

"O [Comité de Política Monetária] vai calibrar a taxa de juro diretora, conforme o que for necessário para reduzir a inflação, de forma sustentável e a médio prazo para a meta dos 2%, em linha com o seu mandato", remata o BoE.

A curto prazo, o banco central projeta que a inflação - medida pelo índice de preços no consumidor - "continue a diminuir significativamente ao longo do ano, refletindo principalmente a evolução dos preços da energia".

Na carta aberta enviada ao ministro das Finanças do Reino Unido, Jeremy Hunt, o governador do BoE Andre Bailey justifica esta expectativa.

"Os recentes preços no mercado do gás vão conduzir a uma queda [da inflação] em julho, e se [esta queda] se mantiver, novamente em outubro", antecipa Bailey.

"Consequentemente, no final do ano, as descidas dos preços da energia podem reduzir a inflação anual, [medida pelo] IPC", acrescenta o governador do banco central.

Sempre que a inflação está acima de 2%, o governador do BoE envia periodicamente uma carta aberta (por norma publicada ao mesmo tempo que os comunicados do Comité de Política Monetária) ao ministro das Finanças do Reino Unido.

A inflação homóloga britânica manteve-se inalterada nos 8,7% em maio, depois de cair de 10,1% em março para 8,7% em abril.

(Notícia atualizada às 10:35 horas).

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