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Reforço de Bailey leva mercado a apontar pico dos juros britânicos para máximos de 1998

Os investidores que negoceiam derivados relacionados com taxas de juro (como futuros, opções, "swaps" e "swaptions") apontam para que o pico dos juros diretores no Reino Unido alcance os 6,25% no próximo ano, alcançando máximos de mais de 20 anos. As mais recentes perspetivas do BoE, publicadas em maio, já estão desatualizadas nesta matéria.

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O Banco de Inglaterra (BoE) reforçou a posição dentro do grupo de autoridades monetárias mais agressivas no combate à inflação e o mercado reagiu, elevando as apostas sobre o novo pico da taxa de juro diretora britânica.

No mercado de derivados, os investidores antecipam que os juros diretores vão chegar ao seu pico em fevereiro do próximo ano, ao tocar em 6,25%, alcançando assim máximos de 1998.

Esta quinta-feira, o banco central liderado por Andrew Bailey (na foto), como esperado pelo mercado, avançou com a décima terceira subida consecutiva nas taxas de juro de referência, mas a dimensão foi o dobro do que antecipavam analistas e investidores, ou seja de 50 pontos base (no mercado de "swaps" os investidores apontavam para uma probabilidade de 60% de uma subida de 25 pontos base).

No comunicado publicado esta quinta-feira após a reunião do Comité, o BoE destaca que os mais recentes dados indicam que a "há mais persistência no processo inflacionista", devido ao contexto do "mercado de trabalho", onde se verifica um desequilibro entre oferta e procura, e à "contínua resiliência na procura".

Assim, o banco central assegura que vai "vai calibrar a taxa de juro diretora, conforme o que for necessário para reduzir a inflação, de forma sustentável e a médio prazo para a meta dos 2%, em linha com o seu mandato", remata o BoE.

A curto prazo, o banco central projeta que a inflação - medida pelo índice de preços no consumidor - "continue a diminuir significativamente ao longo do ano, refletindo principalmente a evolução dos preços da energia".

A inflação homóloga britânica manteve-se inalterada nos 8,7% em maio, depois de cair de 10,1% em março para 8,7% em abril.

Para o BNP Paribas "os riscos [atuais] encaminham para uma intervenção ‘hawkish’", segundo a nota de "research" citada pela Bloomberg.

No último "dot plot", o BoE colocou o pico dos juros diretores em 4,75% no último trimestre este ano, uma perspetiva que já está desatualizada, tendo em conta que a taxa de referência está atualmente em 5%.

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