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Maria Luís: "Seria muito importante estar de volta a um 'rating' de investimento"

Se uma das três maiores agências de 'rating' classificasse a dívida portuguesa como "investimento", estaria aberto o caminho a novos investidores, disse a ministra das Finanças. Mas também a falta de empresas na bolsa de Lisboa é um problema a resolver.

Bloomberg
05 de Maio de 2015 às 12:26
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Voltar a ter uma notação financeira de investimento, por uma das três maiores agências de "rating", seria importante para Portugal. A opinião é de Maria Luís Albuquerque, que justifica com o facto de Portugal, dessa forma, ter acesso a um maior número de investidores.

 

"Seria muito importante estar de volta a uma classificação de investimento", disse a ministra das Finanças, num evento organizado na sede da Bloomberg, em Londres. Numa semana em que a agência Moody’s tem agendada uma revisão à avaliação de Portugal, esse passo "abriria a porta a um grande número de investidores aos quais não podemos agora aceder", considera Maria Luís Albuquerque. Por isso, disse, "entrar num grau de investimento por uma das três grandes agências seria muito positivo".

 

Maria Luís Albuquerque acrescentou ainda que "continuamos a trabalhar para mostrar às agências que merecemos [uma subida do rating]. Mas é uma decisão deles, não nossa". Já em relação à estratégia de financiamento do Estado, a melhoria da notação financeira "não iria afectar a estratégia de emissões de dívida", pois o efeito seria "na dimensão do mercado" a que Portugal teria acesso.

 

E é nos mercados financeiros que, para a responsável pelas Finanças, reside uma das maiores dificuldades. "Em relação à falta de acções, tem razão. É um dos maiores problemas do país", disse Maria Luís Albuquerque, em resposta a uma intervenção. "A diversificação dos canais de financiamento das empresas é também importante para a estabilidade", considera a ministra, que apontou para a criação do banco de desenvolvimento, "que irá ajudar a canalizar os recursos dos fundos europeus" e "a desenvolver acções e outros instrumentos para o sector privado".

 

O objectivo é "ajustar os níveis de endividamento" das empresas. "Precisamos de trocar a actual dívida por acções", disse, numa altura em que "a bolsa portuguesa não é ainda tão dinâmica quanto gostaríamos". "Tivemos alguns contratempos, que provavelmente prejudicaram a confiança no mercado português", admitiu, "mas esta não é a economia portuguesa. A economia portuguesa não sofre toda dos mesmos problemas".

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