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Juros da dívida aliviam com expectativa de reforço de medidas do BCE

Os juros da dívida pública portuguesa no mercado secundário estão a cair em todos os prazos, aliviando assim das subidas recentes. A especulação que o BCE vai implementar mais medidas de estímulos está a levar a quedas das “yields”.

28 de Outubro de 2015 às 16:17
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Os juros da dívida pública portuguesa no mercado secundário estão a recuar em quase todos os prazos, registando assim um alívio em relação às subidas recentes. Apenas a dívida a seis meses regista uma subida ligeira de 1,3 pontos base para 0,026%.

A dez anos, o prazo considerado de referência, as "yields" descem 7,5 pontos base para 2,394%. Na maturidade a cinco anos, a queda é idêntica, com os juros a recuarem 7,1 pontos base para 1,154% e a dois anos, as "yields" descem 6,1 pontos base para 0,261%.


No caso da dívida italiana e espanhola o sentimento é também sobretudo de descida das "yields". No caso desta última, a dez anos, os juros perdem 0,3 pontos base para 1,583%. No caso da dívida italiana, os juros exigidos pelos investidores para trocarem dívida entre si com maturidade a uma década caem 1,6 pontos base para 1,426%.

No caso da Alemanha, os juros estão a subir em todos os prazos. A dez anos, as "yields" germânicas avançam 1,8 pontos base para 0,460%.


O prémio de risco da dívida portuguesa, depois de ontem ter superado a fasquia dos 200 pontos impulsionada pelo clima de incerteza política que atravessa o país, está a registar um alívio esta quarta-feira, 28 de Outubro. O "spread" da dívida nacional face à divida alemã recua para os 192,3 pontos.

Esta quarta-feira o mercado especula que o Banco Central Europeu (BCE) vai implementar mais medidas de estímulos para impulsionar a economia da região, o que está a provocar um alívio das taxas de juro. Na semana passada, Mario Draghi, líder da autoridade monetária da Zona Euro, revelou que colocou equipas a estudarem mais medidas de estímulo, admitindo assim a possibilidade de mais incentivos serem colocados à disposição da economia. Este cenário ganhou ainda mais força esta quarta-feira.

Benoit Coeure, membro do conselho da autoridade monetária, revelou, num discurso proferido no México, que "se avaliarmos que há o risco de a inflação regressar aos 2% de forma muita mais lenta do que estávamos à espera", o BCE poderá ser obrigado a reforçar as medidas de estímulo. Couré não descartou uma descida adicional na taxa de depósitos, que já está em valores negativos (-0,2%).


Os juros da dívida nacional podem estar assim a registar um alívio mais acentuado que em outros países, por Portugal poder vir a ser um dos mais beneficiados com condições mais favoráveis de financiamento, concedidas pelo BCE.

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