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Fecho dos mercados: Bolsas e matérias-primas valorizam, juros recuam

As bolsas europeias avançaram mais de 1%, impulsionadas pelos ganhos do sector energético, numa sessão em que o petróleo está a valorizar 5%. O ouro e o euro avançam antes da Fed divulgar o resultado da reunião.

Investidores reagem com alguma apreensão ao resultados das eleições na Grécia no início da sessão
Reuters
28 de Outubro de 2015 às 17:18
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Os mercados em números

PSI-20 subiu 1,36% para 5.369,69 pontos

Stoxx 600 subiu 1,06% para 375,82 pontos

S&P 500 valoriza 0,62% para 2078,68 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal recua 9,5 pontos base para 2,374%

Euro avança 0,16% para 1,1069 dólares

Petróleo sobe 4,72% para 49,02 dólares por barril, em Londres

 

Bolsas europeias impulsionadas pela energia

As principais bolsas europeias avançaram mais de 1%, numa sessão marcada pela reunião da Reserva Federal dos EUA, que irá anunciar a decisão sobre a revisão da taxa de juro, esta quarta-feira . O Stoxx 600 avançou 1,06% para 375,82 pontos, impulsionado pelos ganhos do sector energético, numa sessão marcada por fortes valorizações do barril de petróleo. A praça italiana liderou os ganhos, ao valorizar 1,41%.

 

A bolsa de Lisboa também se destacou, ao apreciar 1,36% para 5.369,69 pontos, pela primeira vez em três sessõesO BCP e a Galp Energia foram as cotadas que mais contribuíram para a subida do PSI-20. O banco liderado por Nuno Amado disparou 7,71% para 5,17 cêntimos, após as fortes quedas das sessões anteriores, motivadas pelos receios em torno do impacto dos resultados eleitorais na Polónia. A Galp Energia subiu 4,03% para 9,764 euros, acompanhando a tendência de ganhos do sector.

 

Juros e prémio de risco recuam

Os juros da dívida portuguesa recuaram e o prémio de risco situa-se novamente abaixo dos 200 pontos. A tendência de queda verifica-se na Zona Euro, com a expectativa que o BCE vai implementar mais medidas de estímulos. A "yield" das obrigações nacionais a 10 anos – a maturidade de referência – caiu recua 9,5 pontos base para 2,374%. Os juros da dívida alemã registaram uma queda menos acentuada, caíram 0,5 pontos para 0,438%, fazendo recuar o prémio de risco para 193,6 pontos.

 

Euribor renovam mínimos históricos

As Euribor voltaram a cair em todos os prazos, atingindo novos mínimos. A taxa a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação, desceu para um novo mínimo nos 0,006%, menos 0,002 pontos percentuais em relação ao dia anterior, enquanto a Euribor a três meses, em "terreno" negativo desde 21 de Abril, foi fixada em -0,067%. É o nível mais baixo de sempre. No prazo mais longo, a 12 meses, a Euribor caiu 0,004 pontos para 0,104%, um mínimo histórico.

 

Euro valoriza à espera da Fed

O euro está a avançar 0,16% para 1,1069 dólares, invertendo a tendência de queda do início da sessão. Os investidores aguardam a decisão da Reserva Federal dos EUA sobre a subida dos juros, que será revelada esta quarta-feira no final da reunião do banco central. Uma subida dos juros impulsionaria o dólar, mas a expectativa do mercado aponta para um adiamento da alteração da taxa de referência.

 

Reservas dos EUA fazem disparar petróleo

O petróleo disparou nos mercados internacionais perante a quebra das reservas norte-americanas. Segundo os dados divulgados pelo Instituto do Petróleo Americano, os inventários de crude em Cushing, Oklahoma, caíram na semana passada, tal como as reservas de gasolina e combustíveis destilados. Estes dados levaram o West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, a disparavra 5,86% para 45,73 dólares. Em Londres, o Brent seguia a valorizar 4,72% para 49,02 dólares.

 

Ouro sobe mais de 1% antes da Fed

O ouro voltou a valorizar, mantendo a tendência da última sessão. Mas registou uma subida mais expressiva, de 1,06% para 1.179,24 dólares por onça, antes da decisão da Fed. Os investidores estão a apostar que Janet Yellen vai manter a taxa no nível actual, um mínimo histórico, sendo que há cada vez mais analistas que defendem que a autoridade monetária dos EUA irá continuar a adiar a inversão da política monetária, o que colocará pressão na inflação. Neste sentido, sendo o ouro um metal que oferece protecção contra a subida dos preços, as cotações estão a valorizar, com a onça a tocar máximos de três semanas.

 

Destaques do dia

 

Juros da dívida aliviam com expectativa de reforço de medidas do BCE - Os juros da dívida pública portuguesa no mercado secundário estão a cair em todos os prazos, aliviando assim das subidas recentes. A especulação que o BCE vai implementar mais medidas de estímulos está a levar a quedas das "yields".

 

Cavaco não está arrependido de "uma única linha" do que disse - O Presidente da República afirmou esta quarta-feira não estar arrependido "nem de uma única linha" do que disse sobre a nomeação do Governo, assegurando não ter qualquer interesse pessoal e apenas se guiar pelo superior interesse nacional.

 

Presidente do BCP destaca importância de manter operação de bancos privados nacionais - O presidente do Millennium BCP, Nuno Amado, destacou esta quarta-feira a importância da manter bancos privados portugueses a operar no país e considerou que a banca está hoje "melhor preparada em 'governance', em princípios e em capital".

 

Associação de Bancos destaca importância da estabilidade para o sistema- "O sector bancário vive sem dúvida muito da confiança, da percepção dos investidores e da sua avaliação do risco, portanto para o sistema é muito importante que haja estabilidade e confiança", afirmou Faria de Oliveira.

 

Barclays: Novo imposto na Polónia com impacto de 54% nos lucros da Jerónimo Martins - O Barclays duvida que a Jerónimo Martins consiga transferir a totalidade do imposto que o partido da direita ultraconservadora, que alcançou maioria absoluta na Polónia, o Lei e Justiça, pretende aplicar, o que pode representar um custo adicional de 200 milhões de euros por ano para a retalhista.

 

Lucros da EDP terão recuado 11% até Setembro - A EDP terá registado lucros de 685 milhões de euros nos primeiros nove meses deste ano, uma descida face ao período homólogo que se explica com os maiores custos financeiros suportados pela eléctrica.  

 

Fundo soberano da Noruega registou o maior prejuízo em quatro anos- O fundo soberano da Noruega registou no terceiro trimestre do ano um prejuízo de 273 mil milhões de coroas norueguesas (28,8 mil milhões de euros), o seu maior prejuízo nos últimos quatro anos.

 

Petróleo dispara mais de 4% após queda das reservas- A matéria-prima está a subir mais de 4%, em Londres e 5% em Nova Iorque, depois de o Instituto do Petróleo Americano ter avançado que as reservas de crude e combustíveis na maior área de armazenamento dos Estados Unidos caíram na semana passada.

 

O que esperar da reunião de hoje da Fed - Kate Moore, chief investment strategist do JPMorgan Private Bank, analisa na Bloomberg a relação entre a evolução dos mercados e as decisões de política monetária da Reserva Federal e o que se pode esperar da reunião desta quarta-feira.

 

O que vai acontecer amanhã

 

Resultados em Lisboa – Prossegue a época de apresentação de resultados do terceiro trimestre na bolsa portuguesa, com os investidores focados nas contas que serão reveladas pela EDP. Serão também conhecidos os números da Portucel e da Impresa.

Confiança na Zona Euro – O Eurostat vai revelar os indicadores de confiança dos consumidores, mas também dos empresários da Zona Euro. São ambos referentes ao mês de Outubro.


PIB dos EUA
– Um dia depois da reunião da Reserva Federal, será conhecido o PIB dos EUA, no terceiro trimestre. A estimativa dos economistas consultados pela Bloomberg aponta para um abrandamento de 3,9% para 1,7%.


Desemprego em Portugal
– Depois de conhecidos os números do IEFP, é a vez do INE revelar a taxa de desemprego em Portugal referente ao mês de Setembro.

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