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Juros da dívida portuguesa invertem tendência e regressam às quedas

Os juros da dívida portuguesa estão a corrigir das subidas registadas esta manhã, num movimento que se repete por toda a Europa. A 'yield' associada às obrigações portuguesas a dez anos está em 2,4% depois de ter atingido um máximo de mais de três meses esta manhã em 2,7%.

Mario Proenca/Bloomberg
Negócios 07 de Maio de 2015 às 16:00
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Depois das subidas registadas esta manhã, os juros da dívida portuguesa voltaram às quedas, acompanhando a inversão de tendência que se verifica por toda a Europa.

 

O juros da dívida portuguesa cedem 5,9 pontos base para 0,087%, enquanto a cinco anos, a descida é de 10,6 pontos base para 1,429%. Já a ‘yield’ associada às obrigações a dez anos – o prazo de referência – alivia 14 pontos base para 2,404%, depois de, esta manhã, ter atingido um máximo de mais de três meses nos 2,711%.

 

A par das ‘yields’ também a percepção de risco de Portugal está a descer. Quer isto dizer que o prémio de risco que os investidores estão a exigir para comprar dívida portuguesa em detrimento da alemã (o chamado "spread") está mais baixo, recuando esta quinta-feira para 177,5 pontos base.

 

Isto porque, na Alemanha, as ‘yields’ estão a variar entre as subidas e as descidas ligeiras, negociando em 0,598% no prazo a dez anos. Esta manhã, chegaram a atingir os 0,78%, o valor mais elevado desde 8 de Dezembro.

 

Em máximos esteve também a yield associada aos títulos de dívida espanhola a dez anos, que tocaram esta manhã nos 2% - o valor mais alto desde 24 de Novembro – depois de o Tesouro espanhol ter ido ao mercado vender 4,5 mil milhões de euros de dívida. Seguem, nesta altura, a descer 14,3 pontos base para 1,752%.

 

Também França foi ao mercado para um leilão de 8,5 mil milhões de euros de dívida, incluindo obrigações a dez anos, com uma taxa média de 0,98%, o que compara com a taxa de 0,51% da anterior emissão comparável. A ‘yield’ associada aos títulos a dez anos segue praticamente inalterada em 0,904%.

 

Este movimento de correcção acontece depois das fortes subidas registadas esta manhã, com os investidores a voltarem-se contra os juros historicamente baixos, especialmente na Alemanha, onde as rendibilidades negativas estão a afastar investidores, em particular das obrigações com maturidades inferiores a nove anos.

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