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Instabilidade política em Espanha e Itália acelera subida dos juros e penaliza bolsas

Os juros da dívida de Espanha a dez anos estão a subir quase 8 pontos para se aproximarem de 1,5%, enquanto a bolsa de Madrid perde quase 2%.

Reuters
25 de Maio de 2018 às 12:35
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Os juros da dívida dos chamados países "periféricos" do euro estão a acelerar as subidas esta sexta-feira, 25 de Maio, impulsionados por mais um foco de instabilidade política na região.

 

Numa altura em que Itália se prepara para ser liderada por dois partidos anti-sistema – o que tem elevado as yields no mercado secundário – o governo espanhol está sob ameaça de ser derrubado.

 

O PSOE apresentou esta sexta-feira uma moção de censura ao governo de Mariano Rajoy – na sequência das condenações no caso Gürtel - e o Cidadãos já garantiu que votará a favor caso o Executivo não peça a realização de eleições antecipadas.

 

Os juros da dívida de Espanha a dez anos sobem 7,7 pontos base para 1,469%, enquanto as yields de Itália, no mesmo prazo, avançam 5,8 pontos para 2,457%, depois de já terem tocado nos 2,469%, um novo máximo de Junho de 2015.

 

Em Portugal, os juros sobem 4,5 pontos para 1,949%, e na Alemanha, pelo contrário, descem 3,3 pontos para 0,439%.

A turbulência estende-se também ao mercado accionista, com o espanhol IBEX a descer 1,81% e a bolsa de Milão a ceder 0,63%. 

 

Em Itália, esta evolução acontece numa altura em que Giuseppe Conte, o próximo primeiro-ministro do país, está a finalizar a lista de membros do seu Executivo para apresentar ao presidente Sergio Mattarella para aprovação.

 

Depois de se ter reunido com Ignazio Visco, governador do Banco de Itália, esta sexta-feira de manhã, Conte vai ter um encontro apontado como decisivo com os líderes das duas forças políticas do governo de coligação, Luigi di Maio, do 5 Estrelas, e Matteo Salvini, da Liga. Em causa estará a escolha para o cargo de ministro das Finanças, que os dois partidos querem atribuir a Paolo Savona, um economista eurocéptico de 81 anos, uma escolha que não agrada a Mattarella.

                                                         

"A incerteza permanece elevada sobre a identidade de quem será escolhido como ministro das Finanças do país e, especificamente, o grau de cepticismo do candidato em relação ao euro", refere o Rabobank numa nota citada pelo Financial Times. "Por enquanto, a especulação nessa frente está a impulsionar os juros italianos".

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