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Rajoy responde a Sánchez: "Esta moção vai contra a estabilidade em Espanha"

Mariano Rajoy acusa Sánchez de irresponsabilidade com a apresentação de moção de censura, assinalando que vai prejudicar a recuperação económica.

25 de Maio de 2018 às 13:16
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O primeiro-ministro espanhol quer cumprir os quatro anos da legislatura e acusa o PSOE de aproveitamento político que prejudica a situação dos espanhóis. "Esta moção vai contra a estabilidade em Espanha que é tão necessária", afirmou Mariano Rajoy, numa conferência de imprensa esta sexta-feira, após Pedro Sánchez ter decidido avançar com uma moção de censura ao actual Governo. Em causa está a condenação de um caso de corrupção que envolve o PP.

Para Mariano Rajoy, Espanha está numa "situação difícil" e, por isso, esta moção "é má para o país" porque "introduz muita incerteza". O líder do Governo deu o exemplo da bolsa espanhola que está a cair quase 2%. Além disso, os juros a dez anos estão a subir quase oito pontos aproximando-se de 1,5%. "Só tem interesse nesta moção o senhor Sánchez", disse, acusando o líder dos socialistas de querer chegar ao Governo "a qualquer preço". 

O líder do PP foi mais longe, argumentando que esta moção tem como base uma "falsidade". Rajoy avançou que os julgados vão recorrer da sentença e que nenhum membro do Governo foi condenado. "A moção é a consequência de nada, mas das necessidades polticas" do PSOE, acrescentou, destacando que "ninguém do Governo que se censura foi condenado nem julgado".

Rajoy reiterou a vontade de querer liderar o Executivo espanhol até ao fim do mandato: "O que é bom para Espanha é que a legislatura dure o tempo previsto". Para o primeiro-ministro existia estabilidade uma vez que a proposta do Orçamento do Estado para 2018 foi aprovada recentemente com o apoio do Cidadãos.

Esta é também uma resposta para o partido de Albert Rivera que fez um ultimato ao PP. Uma vez que Rajoy rejeita o cenário de eleições antecipadas, prevê-se que o Cidadãos vote a favor da moção de censura, o que implicará o derrube do executivo do PP. A questão é complexa uma vez que o Cidadãos rejeita votar a favor uma censura em que estejam também forças "nacionalistas e populistas", uma possível válvula de escape para Rivera manter o PP no Governo.

(Notícia actualizada às 13h37)

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