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Impresa volta a adiar prazo da oferta de obrigações

Os investidores têm agora mais dois dias para participar na oferta de subscrição de obrigações que a dona da SIC tem no mercado.

Miguel Baltazar/Negócios
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A Impresa voltou a adiar o prazo da oferta de subscrição de obrigações, que deveria terminar hoje, depois de já ter sido prorrogado por uma semana.

 

De acordo com um comunicado da dona da SIC e do Expresso, "foi hoje decidido o alargamento do período de oferta de subscrição de obrigações, passando a data de fim do período de oferta da data de hoje, dia 19 de Julho de 2017, para dia 21 de Julho de 2017".

 

A 14 de Julho a Impresa já tinha anunciado um adiamento do prazo, que de acordo com as datas inicialmente anunciadas seria para terminar nesse dia.

 

Os motivos do novo adiamento do prazo não foram detalhados comunicado enviado esta quarta-feira à CMVM, sendo que a primeira prorrogação, de acordo com o que apurou o Negócios, visou dar mais tempo para que os investidores particulares qualificados que têm obrigações emitidas em 2014 manifestem a sua intenção de aceitar a oferta de troca.

 

A emissão de obrigações em curso tem como principal objectivo alargar o prazo de reembolso de parte da dívida do grupo liderado por Francisco Pedro Balsemão. A operação, destinada apenas a investidores qualificados, vai implicar um aumento dos custos financeiros, mas, como o Negócios noticiou, não põe em causa o objectivo de reduzir o valor global da dívida líquida da empresa no conjunto do ano.

A colocação visa substituir um empréstimo obrigacionista de 30 milhões realizado em 2014 e que vence em Novembro de 2018. A nova emissão tem data de maturidade em Julho de 2022, pelo que permite alargar em 3,5 anos o prazo de reembolso dos títulos. Os restantes cinco milhões que a Impresa pretende levantar serão usados para fazer face a empréstimos de curto prazo, segundo explicou José Freire, CFO do grupo que tem a SIC e o Expresso, ao Negócios. 

O alargamento da maturidade das obrigações vai implicar um aumento dos custos de financiamento. A emissão que vai ser substituída paga uma taxa de juro equivalente à Euribor a seis meses acrescida de um "spread" de 4%. Já a nova operação mantém o indexante, mas com um acréscimo de 4,6%. O aumento dos custos de financiamento será inferior a um milhão de euros.

 

Apesar de a nova emissão ter um valor superior à colocação que pretende substituir, a Impresa mantém o compromisso de reduzir a sua dívida já em 2017, tendo em vista o cumprimento do objectivo definido no plano estratégico para os próximos três anos.

No final de 2016, a dívida remunerada líquida ascendia a 183,2 milhões e a informação que está a ser transmitida aos investidores é que este montante deverá diminuir entre 4 e 5 milhões este ano, o que corresponderá a um corte de mais de 2%. Em termos homólogos, no primeiro trimestre já houve uma redução da dívida líquida de 3,3 milhões. No entanto, face ao final de Dezembro, verificou-se um aumento para 191,6 milhões, justificado com a utilização de contas caucionadas.

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