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Impresa estende prazo para troca de obrigações

A Impresa alargou o prazo de colocação do empréstimo obrigacionista de 35 milhões de euros até 19 de Julho. O grupo liderado por Francisco Pedro Balsemão deu mais uma semana aos investidores para aceitarem a troca de obrigações.

Miguel Baltazar/Negócios
14 de Julho de 2017 às 17:41
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A Impresa vai estender até 19 de Julho o prazo de colocação do empréstimo obrigacionista de 35 milhões de euros, destinado a substituir uma emissão de 30 milhões que vence em 2018 e a levantar mais cinco milhões de euros de financiamento, anunciou a empresa em comunicado.

 

O prazo inicial da emissão, que inclui uma oferta de troca das obrigações actualmente detidas pelos investidores pelos novos títulos, terminava esta sexta-feira, 14 de Julho. No entanto, as condições da nova operação já admitiam a possibilidade de o calendário da oferta de troca ser prorrogado por iniciativa do grupo que tem a SIC e o Expresso.

 

Ao que o Negócios apurou, a extensão do prazo destina-se a dar mais tempo para que os investidores particulares qualificados que têm obrigações emitidas em 2014 manifestem a sua intenção de aceitar a oferta de troca. Relativamente aos investidores institucionais que detêm títulos que vencem em 2018, a taxa de aceitação da operação estará em linha com as expectativas da Impresa.

 

A emissão de obrigações em curso tem como principal objectivo alargar o prazo de reembolso de parte da dívida do grupo liderado por Francisco Pedro Balsemão. A operação, destinada apenas a investidores qualificados, vai implicar um aumento dos custos financeiros, mas, como o Negócios noticiou, não põe em causa o objectivo de reduzir o valor global da dívida líquida da empresa no conjunto do ano.

A colocação visa substituir um empréstimo obrigacionista de 30 milhões realizado em 2014 e que vence em Novembro de 2018. A nova emissão tem data de maturidade em Julho de 2022, pelo que permite alargar em 3,5 anos o prazo de reembolso dos títulos. Os restantes cinco milhões que a Impresa pretende levantar serão usados para fazer face a empréstimos de curto prazo, segundo explicou José Freire, CFO do grupo que tem a SIC e o Expresso, ao Negócios. 

O alargamento da maturidade das obrigações vai implicar um aumento dos custos de financiamento. A emissão que vai ser substituída paga uma taxa de juro equivalente à Euribor a seis meses acrescida de um "spread" de 4%. Já a nova operação mantém o indexante, mas com um acréscimo de 4,6%. O aumento dos custos de financiamento será inferior a um milhão de euros.

Apesar de a nova emissão ter um valor superior à colocação que pretende substituir, a Impresa mantém o compromisso de reduzir a sua dívida já em 2017, tendo em vista o cumprimento do objectivo definido no plano estratégico para os próximos três anos.

No final de 2016, a dívida remunerada líquida ascendia a 183,2 milhões e a informação que está a ser transmitida aos investidores é que este montante deverá diminuir entre 4 e 5 milhões este ano, o que corresponderá a um corte de mais de 2%. Em termos homólogos, no primeiro trimestre já houve uma redução da dívida líquida de 3,3 milhões. No entanto, face ao final de Dezembro, verificou-se um aumento para 191,6 milhões, justificado com a utilização de contas caucionadas.
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