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Grécia paga juro de 4,6%. Tsipras diz que dados são “positivos”

A Grécia está a receber ordens de compra de obrigações soberanas a cinco euros. A indicação é de que a taxa se situará em torno de 4,625% e a operação deverá ficar fechada esta tarde. Atenas pondera emitir 3.000 milhões de euros.

Reuters
25 de Julho de 2017 às 12:00
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A emissão sindicada de dívida grega a cinco anos deverá ter uma taxa de juro a rondar 4,625%, segundo fontes citadas pela Reuters. A operação deverá ficar fechada ainda esta terça-feira, 25 de Julho. E marca o regresso da Grécia aos mercados de financiamento de médio e longo prazo após uma ausência de três anos.

Durante a manhã, o mercado apontava para uma taxa de 4,75%. Mas dada a elevada procura pelos títulos, o tesouro helénico conseguiu baixar o juro para 4,625%, segundo as últimas indicações dadas por fontes citadas pela Bloomberg. A procura supera os 6.500 milhões de euros e Atenas pondera emitir 3.000 milhões de euros.

Apesar de a operação ainda estar a decorrer, o primeiro-ministro Alexis Tsipras, disse, citado pelas agências, que as informações recolhidas até ao momento sobre a operação eram "positivas". Isto depois de ter reconhecido, ao The Guardian, que no passado cometeu "erros, grandes erros" e de ter prometido que "vamos retirar o país da crise".

Em Abril de 2014, quando a Grécia fez um teste ao mercado após anos de interregno, pagou 4,95% para emitir a cinco anos. Ainda assim, o juro oferecido é maior do que alguns antecipavam, o que poderá ajudar a convencer os investidores.

Lutz Roehmeyer, gestor do Landesbank Berlin Investment, que detém dívida helénica nos seus portefólios, disse, citado pela Bloomberg, que a orientação para a taxa de juro "aparenta ser bastante atractiva. As expectativas eram de 4,5%, portanto a probabilidade de sucesso é muito elevada".

A par da emissão a cinco anos, a Grécia está a recomprar títulos que vencem em 2019 para gerir o perfil da dívida. O objectivo das autoridades gregas é seguir uma estratégia que permita aceder regularmente aos mercados de financiamento, de forma a preparar a saída do programa de assistência em Agosto de 2018.

O teste ao mercado ocorre após o acordo em Junho com os pares europeus sobre o futuro do programa e a aprovação condicional do FMI para libertar mais fundos para o resgate, na condição de que se discutam mais medidas de alívio da dívida, para a tornar sustentável.

Esses desenvolvimentos permitiram que agências de "rating" como a Moody’s e a S&P melhorassem a perspectiva, apesar de continuarem a classificar a Grécia vários níveis abaixo de grau de investimento.

(Notícia actualizada às 14:48 com dados mais recentes da operação)

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