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Emissão de dívida grega atira risco de Portugal para mínimos de Janeiro de 2016

No dia em que a Grécia vai emitir dívida a cinco anos, o risco associado à dívida pública portuguesa voltou a recuar para mínimos de Janeiro de 2016. Risco da dívida dos periféricos em mínimos face à Alemanha.

Reuters
25 de Julho de 2017 às 13:30
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A emissão de obrigações de dívida grega com prazo a cinco anos agendada para esta terça-feira, 25 de Julho, está a estimular a procura de dívida pública com notação mais baixa, como são os casos das dívidas dos países periféricos da Zona Euro. 

 

Apesar de estarem nesta altura a subir ligeiramente, os títulos da dívida com maturidade a 10 anos de Portugal, Espanha e Itália estão a crescer menos do que as "bunds" germânicas. As obrigações lusas com maturidade a 10 anos avançam 0,5 pontos base para 2,910% (estão abaixo da barreira dos 3% pelo segundo dia consecutivo), enquanto os títulos de dívida espanhola e italiana seguem a recuar 1,1 e 0,7 pontos base para 1,496% e 2,062%, respectivamente. 

 

Por outro lado, a diferença entre as obrigações de dívida lusa a 10 anos e a alemã neste prazo está nos 238 pontos base, um mínimo de Janeiro de 2016. Também os títulos a 10 anos de Itália apresentam uma diferença de 153 pontos base para as "bunds" com maturidade a 10 anos, o valor mais baixo desde Dezembro de 2016.

 

Já a dívida grega a 10 anos sobe 2,9 pontos base para 5,284%, estando assim a apreciar acima dos 2 pontos base a que cresce nesta altura a taxa de juro associada às obrigações alemãs a 10 anos. O prémio de risco é medido relativamente à dívida pública alemã por se tratar da referência para o bloco do euro.

 

Depois de normalizada a divergência com os parceiros europeus em relação às medidas que o governo helénico terá de adoptar uma vez findo o programa de assistência financeira em curso – termina no Verão de 2018 – e de desbloqueada a tranche do memorando que permite a Atenas fazer face aos títulos de dívida que venciam no presente mês de Julho, na semana passada o Fundo Monetário Internacional deu uma "aprovação condicionada" para um crédito contingente que ascende a 1,6 mil milhões de euros.

 

Estas foram as condições necessárias de normalização que permitem à Grécia hoje voltar aos mercados de financiamento de médio e longo prazo pela primeira vez desde 2014, esperando que a dívida sindicada a cinco anos seja colocada com uma taxa de juro em torno dos 4,75%, segundo estimam fontes consultadas pela agência Reuters.

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