O Estado conta obter financiamento de entre 3,75 mil milhões e 4,5 mil milhões de euros em dívida de curto prazo ao longo do terceiro trimestre, anunciou esta sexta-feira a agência que gere o crédito público, o IGCP. A entidade liderada por Cristina Casalinho planeia recorrer por três vezes a este tipo de operações para se financiar. A primeira está agendada para 20 de Julho e incluirá títulos a seis e a 12 meses, com um montante indicativo de entre 1,5 mil milhões e 1,75 mil milhões de euros.

Já no que diz respeito à emissão de obrigações do Tesouro, o principal instrumento de financiamento do Estado, o IGCP não se compromete com datas específicas, já que essas operações estão dependentes da escolha do momento mais oportuno para obter financiamento. No entanto, a agência "prevê emissões de OT através da combinação de sindicatos e leilões, sendo esperadas colocações de 1.000 a 1.250 milhões de euros por leilão", segundo as linhas de actuação do programa de financiamento para o terceiro trimestre.

A entidade liderada por Cristina Casalinho referiu ainda que "acompanhará activamente a evolução das condições de mercado, podendo introduzir ajustamentos às presentes linhas de actuação". Os analistas do Commerzbank consideram provável que após a troca de dívida realizada esta sexta-feira, em que foi alongado o prazo de mil milhões de euros de obrigações que venciam entre 2017 e 2019, o Estado possa realizar um ou dois leilões de dívida de médio e longo prazo em Julho.

Desde o início do ano, o Estado já obteve mais de 11 mil milhões de de financiamento de médio e longo prazo euros (incluindo os mil milhões da operação de troca desta sexta-feira), mais de metade dos 18,8 mil milhões previstos pelo IGCP para o total do ano na última apresentação feita a investidores.