Notícia
DBRS junta-se à Fitch e coloca rating dos EUA sob vigilância negativa
A agência de notação financeira colocou sob revisão negativa a dívida soberana dos EUA, citando o impasse em torno das negociações do "debt ceiling".
A DBRS Morningstar colocou a dívida soberana dos Estados Unidos sob revisão com implicações negativas. A agência de notação financeira explica que a decisão "reflete o risco de o Congresso falhar em aumentar, ou suspender o tecto da dívida em tempo oportuno".
A DBRS junta-se assim à Fitch, que na terça-feira ao final do dia tomou a mesma decisão.
"Se o Congresso não agir, o governo federal norte-americano não vai ser capaz de pagar todas as suas obrigações", explicam, acrescentando que "o 'timing' preciso em que o governo federal vai esgotar o dinheiro disponível e medidas extraordinárias, a chamada 'data X' é pouco clara".
"Ainda assim", continuam, "a secretária do Tesouro, Janet Yellen, reiterou o seu aviso no dia 22 de maio de que o dia X pode chegar tão cedo quanto 1 de junho" e adiantam que "baseados nos últimos dados de fluxos diários para a conta do Tesouro geral, acreditamos que é razoável assumir que a 'data X' pode chegar dentro de semanas, senão dias".
Ao passo que a agência canadiana espera que o Congresso consiga alcançar um acordo antes que o Tesouro esgote os seus recursos há, não obstante, "um risco de inação congressista à medida que se aproxima a 'data X'". Qualquer cenário de pagamento falhado por parte dos Estados Unidos pode levar a um revisão em baixa para uma classificação de "incumprimento seletivo".
Esta revisão deve-se a um impasse entre democratas e republicanos, numa altura em que as negociações em torno do tecto da dívida norte-americana estão a decorrer entre a Casa Branca, através do presidente Joe Biden, e o "speaker" da maioria republicana na Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy. Apesar de não existir para já uma solução, ambos têm referido que está a haver progressos nas conversações desta semana.
Relativamente às hipóteses que têm sido colocadas em cima da mesa, de o Tesouro priorizar os pagamentos de dívida, em detrimento de outros programas financiados pelo governo federal, a DBRS indica que tal ação, "durante um período significativo de tempo, poderia levar a uma mudança de rating, uma vez que essa estratégia teria um impacto altamente negativo na economia e poderia rapidamente entrar em desafios legais e operacionais".
"Adicionalmente", prosseguem com um alerta político, "caso não seja possível aumentar o limite da dívida a tempo, tal pode indicar que a polarização política está a afetar a qualidade e a previsibilidade da política norte-americana".
E acrescentam: "mesmo que o Congresso consiga aumentar o tecto da dívida antes da 'data X', a perspetiva de um impasse no 'debt ceiling' num ambiente político polarizado pode levar a DBRS Morningstar a considerar que o risco de crédito dos Estados Unidos aumentou a um nível que já não é consistente com o rating de AAA" - a notação mais alta da escala.
A DBRS junta-se assim à Fitch, que na terça-feira ao final do dia tomou a mesma decisão.
"Ainda assim", continuam, "a secretária do Tesouro, Janet Yellen, reiterou o seu aviso no dia 22 de maio de que o dia X pode chegar tão cedo quanto 1 de junho" e adiantam que "baseados nos últimos dados de fluxos diários para a conta do Tesouro geral, acreditamos que é razoável assumir que a 'data X' pode chegar dentro de semanas, senão dias".
Ao passo que a agência canadiana espera que o Congresso consiga alcançar um acordo antes que o Tesouro esgote os seus recursos há, não obstante, "um risco de inação congressista à medida que se aproxima a 'data X'". Qualquer cenário de pagamento falhado por parte dos Estados Unidos pode levar a um revisão em baixa para uma classificação de "incumprimento seletivo".
Esta revisão deve-se a um impasse entre democratas e republicanos, numa altura em que as negociações em torno do tecto da dívida norte-americana estão a decorrer entre a Casa Branca, através do presidente Joe Biden, e o "speaker" da maioria republicana na Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy. Apesar de não existir para já uma solução, ambos têm referido que está a haver progressos nas conversações desta semana.
O que os divide, essencialmente, é a despesa pública. McCarthy tem pressionado a Casa Branca para definir cortes nos gastos do orçamento federal que Biden considera "extremos". Já o presidente dos EUA tem defendido novos impostos sobre os mais ricos – que os republicanos rejeitam.
Relativamente às hipóteses que têm sido colocadas em cima da mesa, de o Tesouro priorizar os pagamentos de dívida, em detrimento de outros programas financiados pelo governo federal, a DBRS indica que tal ação, "durante um período significativo de tempo, poderia levar a uma mudança de rating, uma vez que essa estratégia teria um impacto altamente negativo na economia e poderia rapidamente entrar em desafios legais e operacionais".
"Adicionalmente", prosseguem com um alerta político, "caso não seja possível aumentar o limite da dívida a tempo, tal pode indicar que a polarização política está a afetar a qualidade e a previsibilidade da política norte-americana".
E acrescentam: "mesmo que o Congresso consiga aumentar o tecto da dívida antes da 'data X', a perspetiva de um impasse no 'debt ceiling' num ambiente político polarizado pode levar a DBRS Morningstar a considerar que o risco de crédito dos Estados Unidos aumentou a um nível que já não é consistente com o rating de AAA" - a notação mais alta da escala.