Notícia
FMI pede urgência no acordo sobre tecto da dívida dos EUA
A diretora-geral do FMI, Kristalina Georgieva, sublinhou esta sexta-feira a necessidade de os Estados Unidos "chegarem a um acordo o mais depressa possível".
26 de Maio de 2023 às 20:06
Numa conferência de imprensa em que deu conta das conclusões do Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre a economia norte-americana, ao abrigo do Artigo IV, Kristalina Georgieva afirmou partilhar das preocupações da secretária de Estado do Tesouro, Janet Yellen, e do presidente da Reserva Federal (Fed), Jerome Powell, com quem esteve hoje reunida, sobre o andamento das negociações.
Manifestando a sua "convicção" de que as partes em negociação vão conseguir chegar a uma solução sobre a questão do teto da dívida, a diretora-geral do FMI salientou, contudo, ser "frustrante" ver as negociações a chegarem "à 12.ª hora" e insistiu em que se chegue a uma solução "o mais rapidamente possível".
"Todos conhecemos a história em que a Cinderela tinha de deixar o baile à meia-noite. Estamos nesse ponto. Por isso, podem por favor chegar a uma solução antes do carro se transformar numa abóbora?", questionou Kristalina Georgieva.
A diretora-geral do FMI salientou ainda o papel de "âncora" que o mercado de dívida dos EUA representa para o sistema financeiro global, sublinhando a necessidade de "se manter essa âncora no lugar".
O líder da maioria do Partido Republicano na Câmara de Representantes dos EUA, Kevin McCarthy, reconheceu hoje que tem havido progressos nas negociações para aumentar o teto da dívida do país e evitar um 'default'.
"Acho que houve avanços, na passada noite. Temos de avançar ainda mais", disse McCarthy referindo-se aos esforços dos negociadores republicanos e do Partido Democrático que estão a tentar chegar a um acordo orçamental.
Se não houver um aumento do teto da dívida dos EUA, o Governo federal entra tecnicamente em 'default', ficando sem dinheiro para pagar as suas contas, o que os analistas avisam que pode ter consequências dramáticas para a economia nacional e global. O prazo limite é na quinta-feira.
O FMI reviu ligeiramente em alta a sua previsão de crescimento da economia dos Estados Unidos, apontando agora para 1,7% contra 1,6% esperados em abril.
Na sua apreciação sobre a economia norte-americana, o organismo apontou a resiliência que esta tem demonstrado - ancorada nos dados do emprego, produtividade e crescimento - mas salientou que essa resiliência "é uma faca de dois gumes", que tem como contrapartida a manutenção da inflação em níveis historicamente elevados.
O FMI perspetiva que a inflação permaneça acima da meta de médio prazo da Fed ao longo de 2024 (em 2023 deverá ficar nos 4%), pelo que traze-la para a rota dos 2% "exigirá um período prolongado de política monetária restritiva".
Uma situação que deverá fazer com que as taxas de juro se mantenham em níveis elevados durante "mais tempo".
O FMI considera ainda que os EUA têm de fazer mais para reduzir a dívida e o défice, sugerindo um leque de medidas que aumentem a receitas fiscais e reduzam as despesas.
Manifestando a sua "convicção" de que as partes em negociação vão conseguir chegar a uma solução sobre a questão do teto da dívida, a diretora-geral do FMI salientou, contudo, ser "frustrante" ver as negociações a chegarem "à 12.ª hora" e insistiu em que se chegue a uma solução "o mais rapidamente possível".
A diretora-geral do FMI salientou ainda o papel de "âncora" que o mercado de dívida dos EUA representa para o sistema financeiro global, sublinhando a necessidade de "se manter essa âncora no lugar".
O líder da maioria do Partido Republicano na Câmara de Representantes dos EUA, Kevin McCarthy, reconheceu hoje que tem havido progressos nas negociações para aumentar o teto da dívida do país e evitar um 'default'.
"Acho que houve avanços, na passada noite. Temos de avançar ainda mais", disse McCarthy referindo-se aos esforços dos negociadores republicanos e do Partido Democrático que estão a tentar chegar a um acordo orçamental.
Se não houver um aumento do teto da dívida dos EUA, o Governo federal entra tecnicamente em 'default', ficando sem dinheiro para pagar as suas contas, o que os analistas avisam que pode ter consequências dramáticas para a economia nacional e global. O prazo limite é na quinta-feira.
O FMI reviu ligeiramente em alta a sua previsão de crescimento da economia dos Estados Unidos, apontando agora para 1,7% contra 1,6% esperados em abril.
Na sua apreciação sobre a economia norte-americana, o organismo apontou a resiliência que esta tem demonstrado - ancorada nos dados do emprego, produtividade e crescimento - mas salientou que essa resiliência "é uma faca de dois gumes", que tem como contrapartida a manutenção da inflação em níveis historicamente elevados.
O FMI perspetiva que a inflação permaneça acima da meta de médio prazo da Fed ao longo de 2024 (em 2023 deverá ficar nos 4%), pelo que traze-la para a rota dos 2% "exigirá um período prolongado de política monetária restritiva".
Uma situação que deverá fazer com que as taxas de juro se mantenham em níveis elevados durante "mais tempo".
O FMI considera ainda que os EUA têm de fazer mais para reduzir a dívida e o défice, sugerindo um leque de medidas que aumentem a receitas fiscais e reduzam as despesas.