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BCE revela “desapontamento” com recuperação na Zona Euro

A instituição monetária da Zona Euro antevê que a economia da região continue a recuperar moderada e gradualmente. Mas o BCE esperava mais e, por isso, diz-se pronto reformular as compras de activos, caso seja necessário.

Reuters
Negócios 13 de Agosto de 2015 às 17:51
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A Zona Euro deverá continuar a registar uma recuperação "moderada e gradual". Uma perspectiva que os responsáveis do Conselho do Banco Central Europeu (BCE) viram com "desapontamento", na mais recente reunião de política monetária. Também graças à recente volatilidade no mercado, a instituição monetária esclarece que está, por isso, preparada para ajustar as compras de activos.

"É esperado que a recuperação na Zona Euro continue moderada e gradual, o que foi considerado um desapontamento", revelam os relatos da mais recente reunião do Conselho do BCE, realizada a 15 e 16 de Julho. Um documento no qual os responsáveis notam ainda que, "apesar da subida observada desde o início do ano, a inflação dos preços dos consumidores manteve-se anormalmente baixa".

E Peter Praet, membro da comissão executiva do BCE, deixou mesmo um alerta na reunião. "A recente desvalorização dos preços do petróleo acrescentou alguma pressão sobre a inflação no curto prazo", disse o responsável nas declarações introdutórias da reunião de política monetária. Ainda assim, acredita, "é esperado que as taxas de inflação subam até ao final do ano".

Mas a instituição monetária revela também preocupação com a turbulência que afectou os mercados da região nos últimos meses. "Apesar de a recente volatilidade nos mercados não ter alterado materialmente a avaliação das previsões para a economia, a contínua e elevada incerteza requerer vigilância e prontidão de resposta, se necessário", apontam os relatos.

Os responsáveis notam, assim, que poderão modificar as compras de activos, caso essa necessidade se venha a verificar. Os receios do BCE devem-se às incertezas em torno da Grécia e a possíveis contágios da turbulência nos mercados emergentes. E para que não restem dúvidas, explicam mesmo: "a estrutura dos programas de compras de activos é flexível o suficiente para que estes possam ser adaptadas, caso as circunstâncias mudem e a necessidade surja".

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