O Presidente dos EUA, Donald Trump, disse esta segunda-feira que a guerra na Ucrânia pode terminar "dentro de semanas" e acrescentou que o homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky poderá visitar a Casa Branca esta semana ou na próxima para assinar um acordo sobre os minerais raros.

Num encontro com o Presidente de França, Trump disse que haverá um acordo final sobre os minerais e outros assuntos, acrescentando que o encontro com Vladimir Putin também acontecerá em breve. Macron procurou persuadir Trump para se manter ao lado de Kiev, insistindo que a Ucrânia "tem de estar envolvida" nas conversações entre Washington e Moscovo.

No final da reunião com o Presidente francês, Trump disse também estar convencido de que Putin aceitará a presença de forças militares europeias na Ucrânia, no âmbito de um eventual acordo de paz.

"Acho que a guerra pode acabar em breve. Dentro de semanas. Acho que sim. Acho que podemos acabar com ela em semanas se formos inteligentes. Se não formos inteligentes, ela vai continuar e continuaremos a perder pessoas jovens e bonitas que não deveriam estar a morrer. E não queremos isso", disse Trump.

Trump anunciou ainda que Zelensky deverá visitar a Casa Branca ainda esta semana ou na próxima. "Vou reunir-me com o Presidente Zelensky. Na verdade, ele pode vir esta semana ou na próxima semana para assinar o acordo. Isso seria ótimo. Gostaria de me encontrar com ele na Sala Oval. Estamos a trabalhar no acordo, estamos muito perto de um acordo final, que incluirá terras raras e outras coisas. Gostaria que ele viesse aqui para o assinar", disse.

O anúncio da visita de Zelensky à Casa Branca surge no dia em que se assinalam três anos sobre o início da invasão russa e no meio de escalada de tensão entre Kiev e Washington e depois de o Presidente norte-americano ter chamado Zelensky de "ditador não eleito".

Questionado sobre se também chamaria ao Presidente russo, Vladimir Putin, de ditador, Trump respondeu que não usa essas palavras com ligeireza. "Não uso estas palavras de ânimo leve", respondeu Trump, questionado pelos jornalistas sobre se usaria a distinção de ditador ao líder russo.

*Com Lusa