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Libra atinge mínimos de 31 anos após Brexit. Bolsas, euro e petróleo afundam

A moeda britânica está a afundar e as bolsas asiáticas estão também em terreno negativo. Os britânicos votaram para sair da União Europeia, uma decisão que apanhou os investidores de surpresa e está a provocar desvalorizações expressivas nos mercados.

Reuters
24 de Junho de 2016 às 06:54
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Mercados em números

Nikkei caiu 7,92% para 14.985,92 pontos

Topix afundou 7,26% para 1.204,48 pontos

Petróleo em Londres desvaloriza 5,30% para 48,21 dólares por barril

Euro desce 2,68% para 1,1079 dólares

Libra desvaloriza 4,70% para 1,2458 euros

Libra afunda 7,26% para 1,3797 dólares

 

Libra em mínimos de mais de três décadas

A moeda britânica está a afundar face às principais congéneres. Face ao euro, a libra desvaloriza 6,69% para 1,2198 euros. E face ao dólar, a libra afunda 9,92% para 1,3401 dólares. A moeda do Reino Unido registou a maior queda de sempre em relação à divisa norte-americana e atingiu o seu nível mais baixo desde 1985 – 31 anos. Desvalorização da moeda inglesa acentuou a desvalorização após a projecção da BBC ter indicado que os partidários da saída do Reino Unido da União Europeia tinham vencido o referendo. Entretanto, esses dados são já oficiais.

Chuck Self, da casa de investimento iSectors LLC, disse à Bloomberg que entrou neste negócio "em 1980 e nunca vi nada assim". "Este tipo de coisa acontece uma vez na vida".

A moeda britânica continua a registar fortes desvalorizações face às congéneres. Às 9:28, a libra cai 5,32% para 1,2377 euros. À mesma hora, e em relação à divisa norte-americana, a libra recuava 7,31% para 1,3789 dólares.

Esta queda da moeda britânica sofreu um ligeiro abrandamento, numa altura em que há notícias que indicam que os bancos centrais estão disponíveis para ceder liquidez de emergência caso seja necessário. Às 11:25 a divisa britânica recuava 4,70% para 1,2458 euros. Face à moeda norte-americana, moeda inglesa caía 7,26% para 1,3797 dólares.

Bolsas asiáticas afundam

Os mercados asiáticos estão a registar perdas, um cenário que se tornou mais expressivo com as projecções a indicarem a saída do Reino Unido da UE. No Japão, o Nikkei desce 7,71% e o Topix desvaloriza  7,43%. Na China, o Shanghai Composite Index desvaloriza 1,68%. Na Europa, os mercados ainda estão encerrados mas a abertura deve ser em queda.

No fecho da sessão em Tóquio, o Nikkei recuava 7,92% e o Topix 7,26%.


Brexit arrasta bolsas europeias
As principais praças europeias arrancaram a sessão com perdas expressivas, seguindo a trajectória do mercado asiático. Pelas 9:30, o PSI-20 recuava 6,97%, tendo já nesta sessão recuado para mínimos de duas décadas. O IBEX desce 10,65%, o CAC40 desvaloriza 7,92%, o DAX recua 6,26% e o Footsie perde 4,40%. O Stoxx600 cai 7,03%.

No mercado bolsista do Velho Continente, o vermelho continua a ser dominante. Às 11:25, o principal índice português desvalorizava 7,09%. A liderar as perdas na Europa, estava, a esta hora, o principal índice helénico, que recuava 16,19%. O IBEX35 perdia 10,53%. O Footsie recuava às 11:10 5,08%. O Stoxx 600, índice de referência e que engloba as 600 empresas mais importantes, desce 7,10%.

Petróleo cai mais de 6%

Os preços do petróleo estão a afundar nos mercados internacionais. O West Texas Intermediate tomba 6,35% para 46,93 dólares por barril. Brent do Mar do Norte, negociado em Londres, desvaloriza 6,42% para 47,64 dólares. Esta queda da matéria-prima ocorre depois dos britânicos decidirem sair do projecto europeu, o que está a levar os investidores a afastarem-se de activos considerados de risco.

Ainda assim, por volta das 9:30 os preços do petróleo estão a atenuar um pouco a desvalorização. O West Texas Intermediate perde 3,83% para 48,19 dólares por barril. E o Brent do Mar do Norte, que serve de referência para as importações europeias, recua 3,83% para 48,96 dólares por barril.

O apetite dos investidores por activos considerados mais arriscados continua a diminuir. Um exemplo disso, é a queda dos preços do petróleo. A matéria-prima sobe mais de 5% nos mercados internacionais. O crude negociado em Nova Iorque desvalorizava 5,13% às 11:15 para 47,54 dólares por barril. O Brent do Mar do Norte, negociado em Londres, recuava 5,30% às 11:15 para 48,21 dólares por barril.

Bunds alemãs afundam e juros portugueses sobem a pique
Os juros da dívida pública alemã, no mercado secundário, estão em terreno negativo. Este comportamento verifica-se a 10 e a 15 anos. A dez anos, os juros exigidos pelos investidores para trocarem dívida entre si recuam 13,6 pontos base para -0,229. No caso da dívida a 15 anos, as "yield's" descem 25,9 pontos base para -0,070%. Por outro lado, os juros da dívida nacional estão a subir em todos os prazos. A dez anos as "yields" somam 53,4 pontos base para 3,624%.

Este comportamento da dívida alemã tem lugar numa altura em que os investidores apostam nos activos considerados de refúgio. 

A notícia de que os bancos centrais estão disponiveis para fornecer liquidez de emergência caso seja necessário pode estar a ter efeitos nos juros da dívida pública portuguesa que continuam a subir mas menos o que verificado esta manhã. A dez anos, as yields somam 16,7 pontos base para 3,257% às 11:26. Já os juros da Alemanha, no mesmo prazo, descem 17,6 pontos base para -0,083%

Ouro com maior ganho desde 2008
De acordo com a Bloomberg, o ouro subiu o máximo desde a crise financeira de 2008 depois dos britânicos terem votada para sair da União Europeia. Por esta altura, o ouro para entrega imediata soma 4,79% para 1.317,06 dólares por onça.

Cobre afunda

Os preços do cobre estão a afundar depois dos eleitores britânicos terem decidido sair da União Europeia. O cobre afunda 4% para 4.588 dólares por tonelada métrica. O cobre para entrega em Julho desce 2,15% para 211,60 dólares.


(notícia actualizada às 12:01. Notícia está a ser continuamente actualizada)

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