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Eleições francesas: União Nacional vence primeira volta com 34%

Os primeiros resultados colocam o partido Le Pen na liderança com 34% dos votos. Macron pede um bloqueio à extrema-direita na segunda volta.

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A União Nacional, de Marine Le Pen e Jordan Bardella, lidera os resultados eleitorais em França com 34% dos votos, de acordo com a sondagem à boca das urnas da Ispsos Talan. A coligação de esquerda Nova Frente Popular surge em segundo lugar com 28,5%. 

A sondagem da Ipsos estima que a União Nacional conquiste entre 230 e 280 assentos entre os 577 da Assembleia Nacional. Já a Nova Frente Popular deve ficar com 125 a 165 lugares, com a coligação de Emmanuel Macron Juntos (Ensemble, em francês) a conseguir apenas 70 a 100 assentos.

Le Pen já comentou os resultados desta primeira volta das legislativas francesas, apelando a uma maioria absoluta na segunda volta - disputada no dia 7 -, de modo a que o seu partido possa "reparar a França e restabelecer a união". Esta maioria absoluta é necessária para que "daqui a oito dias Jordan Bardella seja nomeado primeiro-ministro por Emmanuel Macron", disse.

Bardella afirmou que a resposta dos franceses foi "inequívoca" e "clara": "Votaram pela mudança. É claro que a maioria presidencial foi abandonada". O candidato garantiu que quer ser o primeiro-ministro de "todos os franceses", respeitado a "coabitação" com o Presidente Macron, ainda que "sem compromissos".

Já Macron apelou, através de um comunicado, a que os eleitores bloqueiem a extrema-direita na segunda-volta: "Perante a União Nacional, chegou o momento de uma aliança ampla, claramente democrática e republicana para a segunda volta".

Do lado da esquerda, Jean-Luc Mélenchon afirmou que a aliança centrista de Macron sofreu uma "pesada e industível" derrota, mas apelou também ele a um bloqueio da extrema-direita. O líder do França Insubmissa garantiu que, para a segunda volta, vai retirar candidatos em círculos eleitorais onde o partido estiver em terceiro lugar e onde a Uniâo Nacional estiver a liderar.

"As nossas instruções são simples, diretas e claras. Nem mais um voto, nem mais um assento para a UN", afirmou.

Já Marine Tondelier, líder de Os Verdes, pediu aos líderes políticos centristas para “desistirem em favor da esquerda se estiverem em terceiro lugar pana segunda volta” ou não tiverem sido apurados para ela.


A taxa de participação foi estimada em 65,5%, bem acima dos 47,5% registados em 2022.

Estas eleições surgem no seguimento da dissolução da Assembleia Nacional pelo Presidente Macron, após a vitória da extrema direita nas eleições europeias.


Na primeira volta os eleitores franceses escolhem um dos candidatos que concorrem no seu círculo eleitoral. Caso um candidato obtenha maioria absoluta dos votos (mais de 50% dos votos com pelo menos 25% dos eleitores inscritos), ganha automaticamente. Se nenhum dos candidatos a obtiver a escolha será fechada na segunda volta. Qualquer candidato que tenha obtido mais de 12,5% dos votos pode passar à segunda volta.

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