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Órban cria novo grupo no Parlamento Europeu e usa slogan de Trump
A nova fação chama-se Patriotas pela Europa e junta os três grandes partidos populistas e nacionalistas da Hungria, Áustria e República Checa.
Os líderes de três grandes partidos populistas e nacionalistas da Hungria, Áustria e República Checa, liderados pelo primeiro-ministro húngaro ultraconservador Viktor Orbán, anunciaram este domingo, 30 de junho, em Viena, a criação de um novo grupo de direita radical no Parlamento Europeu.
"O objetivo é que este grupo seja, em breve, o mais forte grupo de direita no Parlamento Europeu", disse o líder húngaro, cujo país assume na segunda-feira a presidência rotativa do Conselho da União Europeia.
A nova fação, que precisa ainda do apoio de pelo menos quatro outros partidos, chamar-se-á "Patriotas pela Europa" e os três grupos fundadores são o partido húngaro Fidesz, no poder, o partido liberal austríaco FPÖ, na oposição, e o partido checo da oposição "Aliança dos Cidadãos Descontentes" (ANO).
A Hungria do vai assumir, a partir de segunda-feira, 1 de julho, e até final de dezembro, a presidência rotativa do Conselho da União Europeia (UE), com o mote "Tornar a Europa Grande de Novo".
Numa altura em que a UE atravessa mudanças nas instituições com o novo mandato pós-eleições europeias e em que os Estados-membros se veem confrontados com desafios como a competitividade, a defesa e as migrações, a Hungria sucede à Bélgica na presidência rotativa do Conselho.
"Tornar a Europa Grande de Novo" é o mote desta presidência europeia rotativa, semelhante ao slogan e movimento político norte-americano popularizado por Donald Trump durante a sua bem-sucedida campanha presidencial de 2016.
Esta escolha surge a poucos meses das eleições presidenciais nos Estados Unidos, marcadas para novembro, e quando o primeiro-ministro húngaro, Viktor Órban, tem conhecidas boas relações com Donald Trump, que pode voltar a ser Presidente dos Estados Unidos.
Porém, o governo húngaro já veio rejeitar qualquer semelhança, falando antes na "ideia de que a Europa é capaz de se tornar um ator global", no âmbito desta "presidência ativa" da Hungria.