Notícia
Bolsas europeias, petróleo e ouro perdem terreno num dia sem EUA
Acompanhe aqui o dia nos mercados, minuto a minuto.
Europa tropeça em estímulos baralhados no final de uma semana positiva
O dia foi de quebras convictas um pouco por toda a Europa, numa altura em que as incertezas quanto aos estímulos económicos no Velho Continente se avolumam, a situação política em França treme e, por fim, os volumes de negociação são afetados por ocasião do feriado do 4 de julho nos Estados Unidos.
O índice que reúne as 600 maiores cotadas do bloco europeu, o Stoxx600, desceu 0,96% para os 364,77 pontos, manchando de vermelho a última sessão de uma semana em que, até agora, se mantinha em pleno no verde. Nesta sessão chegou mesmo a tocar num máximo de 10 de junho, ou seja de quase um mês, antes de se "perder" em terreno negativo.
No cômputo semanal, ainda assim, a tendência é positiva, e o índice europeu conseguiu elevar-se 1,98%.
Esta sexta-feira, as principais praças europeias cederam depois de a Bloomberg ter avançado que está a crescer a discórdia, dentro do Banco Central Europeu, sobre o programa de compra de ativos que foi anunciado para fazer face à pandemia. Debate-se, de acordo com fontes que preferiram nãos ser identificadas, o peso que este programa terá em países mais enfraquecidos como Itália.
Antes, já o sentimento havia sido abalado com a demissão do primeiro-ministro francês, Edouard Philippe. O presidente, Emmanuel Macron, já a aceitou e nomeou Jean Castex para o cargo.
Ainda a penalizar a negociação está o feriado do dia 4 de julho, que se comemora antecipadamente já esta sexta-feira nos mercados dos Estados Unidos, diminuindo os volumes de negociação.
Vírus ofusca menor oferta de crude e preços quebram
As cotações do petróleo seguem em baixa, pressionadas pelos receios em torno da pandemia de covid-19.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, para entrega em agosto cede 1,08% para 40,21 dólares por barril.
Já o contrato de setembro do Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, recua 0,93% para 42,74 dólares.
O "ouro negro" está a perder terreno, com os bons dados económicos dos EUA e a menor oferta de crude a serem ofuscados pelos receios de que o ressurgimento da covid-19 possa voltar a abalar a procura.
Ouro escorrega mas paira perto de máximos de sete anos
O ouro, considerado um ativo de refúgio cuja procura tende a aumentar em alturas mais turbulentas nos mercados de ações, não consegue valorizar no dia de hoje, mas mantém-se perto de máximos de 2013.
Agora, o metal precioso perde uns ligeiros 0,05% para os 1.774,53 dólares por onça. Na semana, contudo, regista um ganho acumulado de 1,57%.
O volume de liquidez desta sexta-feira é muito menor face ao que é habitual, uma vez que os mercados nos Estados Unidos estão encerrados, dado que amanhã é feriado de 4 de julho, o Dia da Independência no país.
Libra regista primeiro ganho semanal num mês. Euro sobe de novo
A semana foi positiva para as duas moedas mais importantes da Europa, com o euro e a libra esterlina a ganharem força perante um dólar dos Estados Unidos enfraquecido com o regresso do apetite pelo risco.
Assim, a libra britânica acumula um ganho de 0,98% na semana, o que representa o primeiro ganho semanal das últimas quatro semanas. Os investidores consideram que as negociações entre Reino Unido e União Europeia, devido ao divórcio do Brexit, desta semana foram positivas e aguardam com expectativa pelos novos encontros da próxima semana.
Contudo, no dia de hoje a divisa escorrega 0,10% para os 1,2456 dólares.
Também o euro consuma uma vitória semanal face ao rival dólar, com uma subida de 0,22%. No dia de hoje aprecia 0,04% para os 1,1244 dólares.
Europa fixa-se no vermelho apesar de ganho semanal em perspetiva
As principais praças europeias fixaram-se em território negativo, depois de um início de sessão volátil com subidas e descidas tímidas. Hoje, o dia será marcado por menor liquidez face ao que é habitual, uma vez que os mercados dos Estados Unidos estarão encerrados, devido ao feriado de amanhã do Dia da Independência.
Por esta altura, o Stoxx 600 - índice que reúne as 600 maiores cotadas da Europa - caem 0,43% para os 366,69 pontos, com o setor da banca e petrolífero entre os piores desempenhos. Assim, o índice de referência para a região inverte a tendência naquela que poderia ser a melhor semana do último mês.
A onda negativa contagiou também a praça portuguesa, que assume agora uma queda de 0,7% para os 4.398,13 pontos, pressionada sobretudo pela petrolífera Galp, que desvaloriza cerca de 2% e o BCP que perde em torno de 1%.
Hoje, no "velho continente", o primeiro-ministro francês, Edouard Philippe, apresentou a sua demissão, que foi aceite pelo presidente Emmanuel Macron, de acordo com um comunicado do Eliseu. Entretanto, o presidente francês já nomeou Jean Castex como novo primeiro-ministro.
Apesar das quedas verificadas, a dar algum lento aos investidores está o apoio dado pelo parlamento alemão ao programa de compra de ativos que o Banco Central Europeu colocou no terreno para providenciar uma resposta à crise pandémica. Para além disso, foram divulgados indicadores positivos sobre a economia da Zona Euro.
O índice PMI para os serviços fixou-se em 48,3 pontos na Zona Euro, acima dos 47,3 estimados pelos analistas. Também na Alemanha e na França o comportamento do setor dos serviços em junho superou as expectativas dos economistas.
Ainda assim, o Stoxx 600 deve acumular um ganho semanal na ordem dos 2%.
Bolsas estabilizam no vermelho em manhã de grande volatilidade
As principais bolsas europeias transacionam em terreno negativo numa manhã marcada por grande volatilidade, com as praças do velho continente a alternarem entre ganhos e perdas.
Depois de um arranque titubeante, registou-se um curto período de ganhos ligeiros na sequência do apoio dado pelo parlamento alemão ao programa de compra de ativos que o Banco Central Europeu colocou no terreno para providenciar uma resposta à crise pandémica.
O índice de referência europeu Stoxx600 cede 0,07% para 368,04 pontos impulsionado pelos setores tecnológico e do retalho. Já a banca e o setor petrolífero estão a impedir uma maior subida do Stoxx600. Já o índice lisboeta PSI-20 inverteu para recuar agora 0,29% para 4.416,38 pontos.
Esta estabilização no vermelho acontece apesar de entretanto terem sido conhecidos novos dados económicos positivos na área da moeda única. O índice PMI para os serviços fixou-se em 48,3 pontos na Zona Euro, acima dos 47,3 estimados pelos analistas. Também na Alemanha e na França o comportamento do setor dos serviços em junho superou as expectativas dos economistas.
Seja como for, esta semana deverá terminar de forma positiva para as bolsas a nível global e com o melhor saldo semanal do último mês. Os ganhos acumulados nos últimos dias resultam sobretudo dos indicadores económicos favoráveis e do reforço do apoio popular aos governos que os estudos de opinião mostram estar a acontecer neste contexto da pandemia.
Juros prolongam queda na área do euro
O custo de financiamento das economias do bloco do euro mantém a tendência de alívio nesta sexta-feira.
No caso da "yield" associada às obrigações de Portugal com maturidade a 10 anos, verifica-se uma descida de 1,5 pontos base para 0,416%, a terceira descida seguida que levou já à renovação de mínimos de 11 de março ontem registados.
Também as taxas de juro dos títulos soberanos da Espanha e da Itália com prazo a 10 anos recuam respetivamente 1,3 e 2,2 pontos base para 0,430% e 1,185%.
A "yield" espanhola neste prazo transaciona em mínimos de 12 de março e a transalpina no valor mais baixo desde 11 de março.
Nota ainda para a taxa de juro correspondente às obrigações alemãs a 10 anos que recua 0,5 pontos base para -0,438%.
Crude perde em torno de 1% em Londres e Nova Iorque
O valor do petróleo segue em queda nos mercados internacionais, na segunda desvalorização consecutiva registada em Londres e em Nova Iorque.
Na capital inglesa, o Brent, que é usado como referência para as importações nacionais, perde 0,81% para 42,79 dólares por barril, enquanto em Nova Iorque o West Texas Intermediate (WTI) cai 0,93% para 40,27 dólares.
Mas apesar desta desvalorização, a matéria-prima deverá chegar ao fim desta semana com saldo positivo, tirando partido do efeito resultante do corte à produção mais acentuado decidido pelos países exportadores de petróleo (OPEP) bem como dos indicadores económicos positivos conhecidos nos últimos dias, em particular nos EUA.
Ouro em alta ligeira
O metal precioso sobe ténues 0,03% para 1.775,98 dólares por onça no segundo dia seguido a valorizar o que, ainda assim, não retira a possibilidade de o ouro fechar a semana com saldo acumulado positivo.
A justificar a previsível valorização semanal do ouro esteve novamente o receio dos mercados quanto a uma potencia nova vaga da pandemia, circunstância que reforça o apetite dos investidores por ativos considerados de refúgio.
Euro recua pelo segundo dia contra o dólar
O euro cede 0,04% para 1,1234 dólares na segunda sessão seguida em que perde terreno para a divisa norte-americana.
Por seu turno, também o dólar negoceia em queda face a um cabaz das principais moedas mundiais.
A moeda dos Estados Unidos encaminha-se mesmo para culminar o pior ciclo semanal no último mês, refletindo assim o respetivo valor enquanto moeda de reserva e ativo de refúgio.
Isto acontece devido aos sinais positivos dados pela economia norte-americana, sobretudo depois de, em junho, ter criado 4,8 milhões de novos postos de trabalho, criação de emprego que superou largamente as expectativas dos analistas.
Bolsas europeias com ganhos moderados após Bundestag respaldar BCE
Depois de os futuros terem negociado quase inalterados na Europa, as principais praças bolsistas do velho continente arrancaram a sessão desta sexta-feira, 3 de julho, a negociar em terreno positivo, embora os ganhos observados neste início de manhã sejam apenas ligeiros.
O índice de referência europeu Stoxx600 aprecia 0,19% para 368,98 pontos sobretudo apoiado nas subidas dos setores tecnológico e do retalho. Já as quedas dos setores da banca, petrolífero e imobiliário estão a travar ganhos mais acentuados na Europa. Trata-se da quinta sessão consecutiva do Stoxx600 a valorizar, o mais longo ciclo de subidas desde 14 de abril.
Em contraciclo face aos principais congéneres europeus, o índice lisboeta PSI-20 segue agora a ceder 0,03% para 4.426,66 pontos. No entanto, a bolsa nacional tem alternado entre quedas e subidas ligeiras neste arranque de sessão.
A justificar novas subidas no velho continente está o apoio dado pelo parlamento da Alemanha ao programa de compra de ativos lançado pelo Banco Central Europeu para ajudar as economias do euro a responder aos efeitos causados pela pandemia.
No entanto, o surgimento de dados económicos favoráveis, e que indiciam podermos estar já no início da retoma económica, também continua a animar os investidores e a sobrepor-se ao receio ainda presente nos mercados quanto a uma eventual segunda vaga da covid-19, em especial tendo em conta o crescimento de novos casos tanto na Europa como nos Estados Unidos.
Futuros inalterados na Europa
Na Europa e nos Estados Unidos os futuros das ações negoceiam estáveis (sem registo de grandes subidas ou descidas), isto na última sessão de uma semana que se encaminha para ser a melhor em termos de ganhos bolsistas no período de um mês.
A servir de catalisador dos ganhos acumulados na negociação bolsistas ao longo das últimas semanas continuam os dados económicos que, aparentemente, permitem já vislumbrar o início da retoma económica, não só na Zona Euro como também nos Estados Unidos.
No entanto, a contrabalançar o sentimento dos investidores surge o crescimento de novos casos confirmados de covid-19, não só na Europa mas também em alguns estados norte-americanos.
Esta sexta-feira destaca-se sobretudo a criação de 4,8 milhões de postos de trabalho nos Estados Unidos durante o mês de junho, um valor que superou grandemente as estimativas dos analistas e que corrobora a tese de que o mercado laboral da maior economia mundial começa a apresentar sinais de retoma e maior robustez.