Os mercados em números
PSI-20 subiu 0,42% para 5.027 pontos

Stoxx 600 ganhou 0,27% para 343,99 pontos

S&P 500 valoriza 0,12% para 2.084,97 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal sobe 1,7 pontos base para 3,247%

Euro desliza 0,12% para 1,1261 dólares

Petróleo valoriza 0,50% para 44,40 dólares por barril, em Londres

Bolsas europeias com ganhos moderados

As acções europeias valorizaram pela quinta sessão consecutiva. O Stoxx 600 subiu 0,27% para 343,99 pontos, após os fortes ganhos da sessão de quarta-feira, em que o índice avançou mais de 2%. A puxar pelas bolsas do Velho Continente estiveram sobretudo as empresas de alimentação e bebidas e as farmacêuticas, com os índices desses sectores a valorizarem 0,99% e 0,83%, respectivamente. A impedir ganhos de maior dimensão estiveram os sectores do imobiliário e do retalho, com descidas de 1,16% e 0,56%.

Os investidores estão focados no arranque da época de apresentação de resultados para recolherem mais informação sobre o estado das empresas europeias. E os primeiros números estão a dar indicações contraditórias. As acções da Burberry Group foram penalizadas com as projecções de quebra das vendas. Desceram 3,64%. Já a Nestlé valorizou 1,97% após ter superado as estimativas do mercado.

O PSI-20 também valorizou, alargando a sequência de ganhos para cinco sessões. O BCP deu continuidade aos ganhos, com uma subida de 2,41%. A Nos avançou 2,01%. Também a Galp, a Jerónimo Martins e a EDP Renováveis ajudaram o índice a terminar a sessão em terreno positivo.

Taxa a dez anos com subida ligeira

As taxas das obrigações soberanas da Zona Euro tiveram subidas ligeiras após as descidas registadas na quarta-feira. A "yield" portuguesa a dez anos subiu 1,7 pontos base para 3,247%, enquanto a taxa espanhola aumentou 4,2 pontos base para 1,505%. Apesar da subida dos juros implícitos da dívida portuguesa, o prémio de risco baixou. Isto porque a "yield" das obrigações germânicas subiu 3,9 pontos base para 0,167%. O diferencial entre Portugal e a Alemanha, que é vista como a referência na Zona Euro, passou a nficar abaixo de 310 pontos base.

Euribor a três meses com novo mínimo

A Euribor a três meses fixou um novo mínimo histórico. A taxa baixou 0,002 pontos para -0,251%. Apesar da descida deste indexante, as Euribor a seis e a 12 meses tiveram comportamentos distintos. O indexante a seis meses ficou inalterado em -0,138%, enquanto a taxa a 12 meses subiu 0,002 pontos para -0,011%.

Dados da inflação tiram força ao dólar

O índice que mede o desempenho do dólar face a um cabaz composto pelas principais divisas mundiais travou os ganhos, após a divulgação de dados económicos nos EUA. Apesar dos dados positivos sobre o mercado de trabalho, os dados da inflação saíram abaixo do esperado, o que travou os fortes ganhos da nota verde verificados na sessão anterior. O índice do dólar segue praticamente inalterado, com uma subida de 0,05%. Já o euro é uma das divisas que não acompanhas os ganhos face à nota verde, com uma desvalorização de -0,12% para 1,1261 dólares.

Petróleo sobe após perspectivas da AIE

O Brent valoriza 0,50% para 44,40 dólares, poucos dias antes da reunião entre alguns dos maiores produtores de petróleo do mundo para tentarem fechar um acordo para congelar a produção. A matéria-prima sobe num dia marcado pela divulgação de um relatório por parte da Agência Internacional de Energia a perspectivar uma diminuição do excesso de oferta e uma subida do consumo.

Alumínio valoriza com fim de subsídios chineses

O preço do alumínio subiu 1,70% para 1.559 dólares por tonelada métrica. A valorização ocorre depois do anúncio da China de que iria acabar com os subsídios às exportações desta matéria-prima, após os EUA terem feito uma queixa à Organização Mundial do Comércio no passado mês de Fevereiro. Além da concessão feita por Pequim, a Rusal, empresa russa que é uma das maiores produtoras mundiais, espera que aumente o défice de alumínio fora da China devido aos cortes de produção.

Destaques do dia

Seis instituições reviram crescimento português em baixa desde Janeiro. Governo deverá rever em baixa a previsão de crescimento que é a mais elevada entre oito recolhidas pelo Negócios. Ninguém confia na meta de défice de 2,2% do PIB, mas maioria estima que fique abaixo de 3%. Plano B dependerá da intransigência de Bruxelas, dizem economistas.

Banco de Angola autoriza fusão entre o Millennium e o Atlântico. Novo banco vai chamar-se Millennium Atlântico e será o terceiro maior do sistema financeiro angolano pelo critério de crédito concedido.

Por quanto tempo podem continuar suspensas as acções do BPI? Os títulos do banco liderado por Fernando Ulrich não negoceiam desde a passada sexta-feira. E vão continuar suspensos até que chegue ao regulador informação relevante.

Eurostat revê inflação em alta: preços estagnaram em Março na Zona Euro. O gabinete de estatísticas da União Europeia reviu em alta a inflação da Zona Euro que, em Março, terá estagnado face ao mesmo mês de 2015. Primeira estimativa apontava para -0,1%.

AIE: Excesso de produção de crude vai diminuir no segundo semestre. A AIE acredita que os produtores americanos de petróleo vão continuar a reduzir a sua produção, diminuindo o excesso de oferta no mercado, à medida que o consumo dá sinais de retoma.

Moeda chinesa com maior desvalorização em três meses. O banco central da China voltou a mexer na taxa de referência perante a apreciação do dólar nos mercados cambiais. É a maior redução de valor operada desde 7 de Janeiro no dia em que injecta mais de 5 mil milhões de euros nos mercados.

O que vai acontecer amanhã

Portugal

Banco de Portugal publica os indicadores coincidentes

China

Divulgação dos dados do PIB, relativos ao primeiro trimestre

EUA

Citigroup publica os resultados do primeiro trimestre

São divulgados os dados da produção industrial, relativos a Março