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Fecho dos mercados: Bolsas indefinidas, juros em queda e dólar em mínimos

As principais praças europeias encerraram a última sessão da semana sem tendência definida. Melhor estiveram os juros da dívida portuguesa, naquela que foi a sétima sessão consecutiva de quedas. Em destaque está ainda o dólar, que caiu para um mínimo de sete semanas.

Miguel Baltazar
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Os mercados em números

PSI-20 subiu 0,22% para 4.828,61 pontos

Stoxx 600 recuou 0,16% para 346,09 pontos

S&P 500 cai 0,07% para 2.184,19 pontos

"Yield" 10 anos de Portugal desceu 3,9 pontos base para 2,702%

Euro avança 0,28% para 1,1169 dólares

Petróleo valoriza 1,56% para 46,76 dólares por barril, em Londres


Vendas a retalho nos EUA tiram gás às bolsas

O Stoxx 600, que regressou esta quinta-feira a níveis pré-Brexit, aliviou dos máximos de sete semanas. O índice que agrupa as 600 empresas mais representativas do Velho Continente deslizou 0,16% para 346,09 pontos. Apesar das subidas recentes, os dados das vendas a retalho nos EUA saíram abaixo do antecipado, o pode ter levado a alguma cautela dos investidores. "As vendas a retalho nos EUA foram decepcionantes, causando alguma preocupação sobre a força da economia", disse Samy Chaar, estratego da Lombard Odier, citado pela Bloomberg.

 

A pressionar o índice estiveram sobretudo as cotadas mineiras e do sector automóvel, com os índices dessas áreas de actividade a descerem 1,81% e 0,73%, respectivamente. Cotadas como a Antofagasta, a Rio Tinto e a Anglo American cederam mais de 3%. E a Volkswagen cedeu quase 2%. A evitar perdas mais pronunciadas estiveram os sectores do imobiliário, turismo e retalho.

 

O PSI-20 foi, a par dos índices da bolsa de Milão e de Londres, dos poucos índices a terminar a sessão no verde. As acções portuguesas valorizaram 0,22% para 4.828,61 pontos, a sétima sessão consecutiva de ganhos. A Galp ajudou a impulsionar o índice, com uma valorização de 1,60% para 13,345 euros, numa sessão de ganhos para o petróleo. E compensou as descidas de cotadas como o BCP, a Jerónimo Martins e a EDP.

 

Taxa a dez anos cai há cinco sessões

A taxa da dívida portuguesa a dez anos deu continuidade à tendência de descida. A "yield" desceu esta sexta-feira 3,9 pontos base para 2,702%, a quinta sessão consecutiva de diminuição. A maior propensão por risco por parte dos investidores, alimentada pela expectativa de um reforço dos estímulos por parte dos bancos centrais, tem levado a uma descida dos juros dos periféricos.

 

No caso da dívida italiana, a "yield" vai já numa sequência de sete descidas consecutivas. Esta sexta-feira desceu 1,8 pontos base para 1,042%. Já a taxa espanhola interrompeu esta sexta-feira a sucessão de quedas, com uma subida ligeira de 0,3 pontos base. Ainda assim, a taxa transacciona abaixo de 1%, muito perto de mínimos históricos. 

O prémio de risco da dívida portuguesa voltou a descer. Situa-se me 281 pontos base.

 

Euribor com comportamentos distintos

As taxas Euribor tiveram evoluções diferentes esta sexta-feira. Os indexantes a três e a 12 meses ficaram inalterados, enquanto a taxa a seis meses registou um aumento. Na Euribor a três meses, a taxa permaneceu em -0,299%, mantendo-se em mínimos. A taxa a 12 meses também não registou alterações, fixando-se em -0,063%. Já o indexante a seis meses teve uma subida de 0,1 pontos base para -0,188%.


Dólar cai para mínimo de sete semanas

O dólar está novamente em queda esta sexta-feira. É a terceira vez na semana, com o índice que segue a moeda norte-americana face às dez principais congéneres a recuar, agora, 0,13% para 1.176,46 pontos. E já chegou a negociar nos 1.172,05 pontos, o valor mais baixo em sete semanas. A pressionar está um conjunto de maus dados económicos nos EUA, que estão a deteriorar a perspectiva de subida dos juros pela Fed ainda este ano.

 
Petróleo a caminho da melhor semana desde Abril

Naquela que é a última sessão da semana, o petróleo está novamente a valorizar. O Brent, negociado em Londres, avança 1,56% para 46,76 dólares por barril, ao passo que o WTI, em Nova Iorque, sobe 2,12% para 44,41 dólares. Desta forma, ambas as cotações acumulam um ganho superior a 5% na semana, fazendo desta a melhor desde Abril. Isto depois de o ministro da Energia da Arábia Saudita e presidente da OPEP, Khalid Al-Falih, ter reiterado que os membros da organização estão em conversações para estabilizar o mercado.

 

Ouro dispara com maus indicadores económicos

Numa semana marcada por oscilações, o ouro prepara-se para fechar a sessão de sexta-feira a disparar. O metal precioso valoriza 0,54% para 1.346,05 dólares por onça, tendo chegado a subir um máximo de 1,31%. A impulsionar está um conjunto de indicadores económicos que ficaram aquém do previsto nos EUA. Além disso, a economia da Zona Euro também desiludiu no balanço segundo trimestre. E a ajudar o ouro está ainda o dólar, que cai para um mínimo de sete semanas.

 

Destaques do dia

 

IGCP avança com leilão de curto prazo de até mil milhões. Numa semana em que anunciou os resultados da emissão de obrigações do retalho, o Tesouro confirma o segundo leilão de dívida de curto prazo no trimestre. Em causa estão títulos a três e 11 meses, com uma procura entre 750 milhões e 1.000 milhões de euros.

 

A dívida portuguesa é a pior do mundo em 2016. Apesar da actuação do BCE, de política de acomodação monetária, a dívida nacional tem registado o pior desempenho em todo o mundo este ano.

 

Bancos centrais dão tréguas às bolsas. Mas há riscos. As bolsas mundiais estão a beneficiar das políticas expansionistas. Mas os analistas alertam para vários riscos.

 

Combustíveis vão subir pela primeira vez em seis semanas. Depois dos mínimos de Março e de cinco quedas consecutivas, os combustíveis vão subir na próxima semana. O gasóleo vai aumentar o dobro do gasolina.

 

Combustíveis escondem degradação das contas externas. A balança de exportações e importações tem evoluído escondida pelo desempenho dos combustíveis: é devido quase exclusivamente a eles que o défice da conta externa tem estabilizado.

 

Morgan Stanley melhora em 40% "target" da Galp mas espera desvalorização das acções. Em vez de 8,5 euros, o Morgan Santley antecipa que a Galp estará a cotar nos 12,1 euros no final de 2017. Ainda assim, a melhoria da avaliação aos títulos prevê uma queda das cotações, que seguem acima dos 13 euros.

  

Depois da Galp, Repsol adia furo em Portugal. 2016 já não vai ser o ano do petróleo e do gás em Portugal. Os dois furos de pesquisa previstos para este ano já não vão avançar. 

 

Todos os caminhos vão dar ao ouro. A procura por ouro na perspectiva de investimento atingiu um novo máximo na primeira metade do ano. O metal destaca-se nas matérias-primas preferidas pelos investidores.

 

O que vai acontecer segunda-feira

Economia do Japão – Divulgação do produto interno bruto (PIB), relativo ao segundo trimestre [anterior: 0,5% ; estimativa: 0,2%].

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