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Fecho dos mercados: Bolsas europeias regressam às quedas. Petróleo afunda

As bolsas do Velho Continente terminaram a sessão com quedas superiores a 1%, numa sessão dominada pelas desvalorizações das empresas do sector das matérias-primas. Já o petróleo segue a afundar perto de 5%.

Bloomberg
23 de Fevereiro de 2016 às 17:28
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Os mercados em números

PSI-20 recuou 2,31% para 4.673,30 pontos

Stoxx 600 caiu 1,22% para 327,78 pontos

S&P 500 desce 0,91% para 1.927,82 pontos 

"Yield" 10 anos de Portugal baixou 4,5 pontos base para 3,405%

Euro cede 0,11% para 1,1018 dólares

Petróleo cai 4,70% para 31,82 dólares por barril, em Nova Iorque


Correcção das matérias-primas penaliza bolsas

As bolsas do Velho Continente voltaram às quedas. Os principais índices europeus encerraram a sessão com quedas superiores a 1%, num dia em que a bolsa lisboeta foi a única que caiu mais de 2%. O europeu Stoxx 600 cedeu 1,22%, com a negociação a ser marcada pela queda das empresas ligadas ao sector das matérias-primas. Estes títulos, que deram gás às bolsas na última sessão, estiveram a corrigir, castigadas pela quebra dos preços das "commodities" e pela divulgação de resultados desapontantes. A BHP Billiton, que hoje anunciou que os seus resultados afundaram, tombou 6%.


Em Lisboa, o PSI-20 desvalorizou 2,31%. A penalizar a negociação na bolsa lisboeta estiveram os títulos do sector energético. A Galp caiu 3,86% para 9,999 euros, numa sessão marcada por descidas expressivas nos preços do petróleo. No grupo EDP, a eléctrica perdeu 2,82% para 2,859 euros, enquanto a EDP Renováveis cedeu 1,02% para 6,429 euros, um dia antes de apresentar os seus resultados relativos a 2015. Uma nota negativa ainda para a banca. O BCP destacou-se com uma queda de 4,41% para 0,0325 euros.


Menor prémio de risco

Os juros exigidos pelos investidores para comprar dívida portuguesa diminuiu esta sessão, com o prémio de risco do país a reduzir-se. O juro das Obrigações do Tesouro a 10 anos desceu 4,5 pontos base para 3,405%, isto depois do ministro das Finanças português, Mário Centeno, ter adiantado que só admite debater uma reestruturação da dívida "em termos europeus", no segundo dia de debate na generalidade do Orçamento do Estado para 2016. A taxa alemã a 10 anos também subiu, mas significativamente menos. As "bunds" aumentaram 0,7 pontos base para 0,183%, diminuindo o "spread" face à dívida nacional para 322,15 pontos.


Euribor fixa novos mínimos

A Euribor a três meses, em valores negativos desde o dia 21 de Abril do ano passado, desceu para um novo mínimo histórico de -0,2% esta terça-feira, 23 de Fevereiro. Esta é a 15.ª sessão consecutiva em que esta taxa não sobe. Ao contrário do que aconteceu nas últimas sessões, a Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação, e que entrou para terreno negativo pela primeira vez a 6 de Novembro, subiu esta sessão para -0,125%.


Receios de "Brexit" arrastam libra

A libra está a prolongar a maior queda desde 2010, com os investidores a manifestarem-se receosos em relação a um eventual "Brexit". A moeda britânica segue a cair 0,3% para 1,4107 dólares, mantendo a tendência negativa da sessão anterior, dia em que a libra registou a maior queda em um ano face à moeda norte-americana, atingindo mínimos de Março de 2009. A possibilidade do Reino Unido abandonar a União Europeia levou o governador do Banco de Inglaterra, Mark Carney, a adiantar que a autoridade monetária está a preparar um plano de contingência caso este cenário se confirme.

Esta manhã, no Comité do Tesouro, Mark Carney, citado pelo jornal The Telegraph, disse que não fazia julgamentos sobre o desfecho do referendo, mas notou que as movimentações cambiais ocorreram após ter sido formalmente estabelecida a data para que os britânicos tomem uma decisão em relação à UE. "Estamos a tratar esta votação exactamente da mesma forma que tratamos qualquer outro evento político" assinalou. "Noto, ainda assim, que têm existido movimentos na libra esterlina desde que se tornou claro o momento do referendo".


Petróleo afunda com declarações de ministro iraniano

Os preços do petróleo acentuaram a tendência de queda nos mercados internacionais, perante os comentários do Irão em relação a um eventual acordo entre a Rússia e a Arábia Saudita para congelar a produção. O ministro do petróleo iraniano qualificou este acordo de "ridículo", dando a entender que o país não irá alinhar neste entendimento e que não pretende reduzir a sua produção. A matéria-prima está a reagir negativamente a estas declarações, com o WTI a afundar 4,70% no mercado de Nova Iorque para 31,82 dólares por barril.


Ouro sobe pela primeira vez em três dias

O metal precioso segue a valorizar pela primeira vez em três dias, com o menor apetite por activos de risco a beneficiar o ouro. A matéria-prima sobe 1,4% para 1.226,90 dólares por onça, num momento em que o investimento dos fundos em ouro registou o maior aumento mensal desde 2011, segundo a Bloomberg. O metal precioso é um dos activos mais rentáveis em 2016, ao valorizar cerca de 16%.


Destaques do dia


Minuto-a-minuto: O segundo dia de debate do Orçamento do Estado.
Os partidos da esquerda aprovam esta terça-feira o Orçamento do Estado para 2016. Acompanhe em directo o segundo dia de debate do documento na Assembleia da República.


Governo só admite debater reestruturação da dívida "em termos europeus"
. O Governo está aberto para debater a reestruturação da dívida. No entanto, Mário Centeno avisou que Executivo não suscitará esse debate e só o fará "quando se colocar em termos europeus".


Banco de Portugal encontra-se com titulares de papel comercial do BES
. Apesar dos processos colocados pela associação de lesados contra o regulador, haverá uma reunião entre as duas partes esta quarta-feira. Vai mediar os dois encontros que o Banco de Portugal teve com a CMVM e o Governo.


London Stock Exchange confirma negociações com a Deutsche Börse
. A London Stock Exchange confirmou que está em negociações avançadas com a Deutsche Börse sobre uma "potencial fusão". As acções da gestora da bolsa de Londres já ganharam mais de 20%.


Credit Suisse: Queda das acções da banca é exagerada
. Os analistas do Credit Suisse consideram que a pressão vendedora no sector financeiro é exagerada. Os títulos recuam 20% desde o início do ano devido às preocupações dos investidores em torno da solidez dos bancos.


O que vai acontecer amanhã


Resultados em Lisboa
. A EDP Renováveis apresenta os resultados do quarto trimestre de 2015.


Comissão Europeia analisa economia
. A Comissão Europeia publica uma análise económica e recomendações para cada Estado-Membro.


Números do INE
. O instituto apresenta o Inquérito à Avaliação Bancária na Habitação.


OE no Parlamento
. Tem início o debate na especialidade sobre o Orçamento do Estado para 2016.

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