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Fecho dos mercados: Bolsas caem quase 1%, juros descem e petróleo continua a afundar

As bolsas europeias encerraram a sessão em queda, depois da ligeira recuperação na última sessão. A Grécia continua a pesar no comportamento dos mercados, assim como a perspectiva mais negativa do FMI para os EUA, com a praça portuguesa a perder mais de 1%. Isto num dia em que depois de disparem, os juros da dívida europeia inverteram, terminando o dia em queda, tal como o petróleo que continua a afundar em véspera da reunião da OPEP.

Bruno Simão/Negócios
04 de Junho de 2015 às 17:25
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Os mercados em números

PSI-20 caiu 1,07% para 5.872,98 pontos

Stoxx 600 desceu 0,83% para 392,65 pontos

S&P 500 desvaloriza 0,58% para 2.101,95 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal recua 2,4 pontos base para 2,849%

Euro recua 0,05% para 1,1269 dólares

Petróleo cai 2,27% para 62,35 dólares por barril

 

Europa em queda. Lisboa perde mais de 1%

Depois da ligeira recuperação na sessão anterior, as bolsas europeias regressaram às quedas. O Stoxx 600 encerrou a perder 0,83%, pressionado pelo impasse das negociações com a Grécia, isto na véspera de o país ter de fazer um reembolso ao FMI. A influenciar negativamente os índices europeus esteve também o pedido do fundo liderado por Christine Lagarde para que a Fed adie a subida dos juros até ao primeiro semestre de 2016, num contexto de travagem da economia dos EUA.

 

O sentimento negativo nos mercados accionistas europeus pressionou o desempenho da bolsa nacional. O PSI-20 fechou a perder 1,07%, com o BCP, que na sessão anterior disparou 4%, a condicionar a negociação. As acções do banco recuaram 1,78% para 8,81 cêntimos, sendo que a queda de 1,57% da Galp Energia, numa sessão negativa para o petróleo, também acentuou a descida do índice principal. Fora do PSI-20, o Benfica caiu 5,57% e o Sporting disparou 17,65% com a transferência de Jorge Jesus da Luz para Alvalade.

 

Juros recuam após novos máximos

Os juros da dívida soberana europeia arrancaram a sessão novamente em alta, acentuando a tendência dos últimos dias. A "yield" das obrigações soberanas alemãs a 10 anos, que há bem pouco tempo atingiu um mínimo de 0,05%, tocou num máximo de oito meses, já muito perto de 1%. Tal como nos restantes países, as taxas acabaram por aliviar das subidas a meio da sessão, encerrando em queda. O juro das "bunds" encolheu em 4,4 pontos, para 0,838%, já a "yield" das obrigações do Tesouro desceu 2,4 pontos base para 2,849%. O prémio de risco aumentou, mas muito ligeiramente.

 

Euribor recuperam de mínimos

Após novos mínimos históricos, as Euribor inverteram a tendência. As taxas a três, seis, nove e 12 meses subiram esta quinta-feira, 4 de Junho. A de três meses subiu para -0,013%, depois de ter caído a 3 de Junho para o actual mínimo histórico de -0,014%, já a taxa a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação, fixou-se em 0,049%, acima dos 0,048% registados na sessão anterior.

 

Dólar sobe, apesar do pedido do FMI

No dia em que o Fundo Monetário Internacional (FMI) reviu em baixa a estimativa de crescimento do PIB dos EUA, pedindo à Fed para que só aumente os juros no próximo ano, para não ameaçar a economia, o dólar subiu. Após dois dias em queda, a moeda dos EUA avançou contra a generalidade das divisas mundiais, entre elas o euro. A moeda única europeia seguia a desvalorizar 0,7% para cotar nos 1,1267 dólares.

 

Petróleo afunda antes da reunião da OPEP

Após já ter recuado quase 3% na quarta-feira, o Brent do Mar do Norte, negociado em Londres, está de novo a afundar. O barril de petróleo desvaloriza 2,27% para 62,35 dólares, tendo estado a recuar um máximo de 2,96%. Desempenho que surge um dia antes da reunião da Organização dos Países Produtores de Petróleo (OPEP), que está a pressionar o preço da matéria-prima. É que os analistas antecipam que a organização irá manter as quotas de produção, durante o encontro em Viena.

 

Ouro em mínimos de cinco semanas

O metal está a recuar em força esta quinta-feira. A cotação do ouro afunda 0,88% para 1.174,73 dólares por onça. Mas já negociou nos 1.173,04 dólares, o valor mais baixo em quase cinco semanas. A pressionar estão os dados do emprego nos EUA, que revelaram que menos pessoas submeteram pedidos de subsídio de desemprego. Uma evolução que sustenta a pespectiva de que a Fed deverá subir os juros ainda este ano. 

 

Destaques do dia

Sobrinho entrou no Sporting para pagar contas e agora "oferece" Jorge Jesus. Álvaro Sobrinho está de regresso à ribalta mediática e logo pela porta do futebol: financiou o regresso ao Sporting do treinador bicampeão com o rival Benfica. Um ligação ao clube de Alvalade que começou com Godinho Lopes e que se cimentou com Bruno de Carvalho.

 

CMVM pede esclarecimentos sobre novos treinadores ao Benfica e Sporting. O regulador do mercado de capitais questionou as SAD dos dois clubes lisboetas relativamente à contratação dos novos técnicos de futebol, nomeadamente a transferência de Jorge Jesus para Alvalade e de Rui Vitória para a Luz.

 

FMI pede à Fed para adiar subida de juros para 2016. A estimativa de crescimento do PIB dos EUA foi revista em baixa pelo Fundo Monetário Internacional, que solicitou à Fed que só aumente os juros no próximo ano, para não ameaçar a economia.

 

Investidores viram-se para o imobiliário com o turismo na mira. A recuperação que parece ter chegado ao sector mais fustigado pela crise não se deve ao sector público. São os privados quem mais investe em casas novas e velhas.

 

 

Crédito está a subir, mas longe da euforia pré-troika. As famílias portuguesas estão a gastar mais. Para isso tem contribuído o aumento do financiamento em todos os segmentos. Os economistas acreditam que a tendência deverá manter-se, mas de forma mais ponderada do que antes.

 

O que vai acontecer amanhã

 

Grécia. Prazo final para o reembolso de 300 milhões de euros ao FMI.

 

OPEP. 167ª reunião da Organização dos Países Produtores de Petróleo em Viena, para decidir acerca das quotas de produção de petróleo.

 

EUA. Taxa de desemprego e criação de novos postos de trabalho ("payrolls"), em Maio.

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