Os mercados em números

PSI-20 desceu 1,97% para 5.871,82 pontos

Stoxx 600 caiu 0,87% para 403,02 pontos

S&P500 desliza 0,99%, para 2.104,98 pontos

Yield das obrigações do Tesouro a 10 anos sobe 11,1 pontos base, para 2,540%

Euro cai 0,80% para 1,0890 dólares

Petróleo em Londres recua 2,72% para 63,74 dólares por barril

Jerónimo e Galp arrastam bolsa de Lisboa

A bolsa portuguesa encerrou com uma desvalorização próxima de 2%, num dia em que o vermelho dominou a negociação um pouco por toda a Europa. A situação da Grécia continua no centro do pessimismo, com os investidores atentos ao rumo das negociações no país, que admitiu não ter dinheiro para pagar ao FMI na próxima semana, ao contrário do que tinha sido acordado.

O PSI-20 cedeu 1,97%. Empresas como a Galp Energia ou a Jerónimo Martins encerraram com quedas expressivas, que determinaram o rumo negativo em Lisboa. A petrolífera desvalorizou 3,43%, para 10,84 euros, num dia desfavorável para as cotações do petróleo. Já a retalhista desceu 3,03%, para 12,50 euros. A Portucel protagonizou, no entanto, a queda mais expressiva da sessão. Tombou 4,59%, para 3,805 euros, depois da Semapa ter anunciado esta segunda-feira uma operação pública de troca sobre o seu capital, em que a contrapartida é acções da Portucel. Já o BCP, que esta terça-feira avançou com uma oferta de troca de dívida a 8,34 cêntimos por acção, perdeu 1,16%, para 0,085 euros.

Grécia agrava juros da República

Depois de uma sessão em que praticamente não houve negociação, devido à ausência de investidores do mercado, os juros das obrigações portuguesas a 10 anos estiveram a subir. AS "yields" avançaram 11,1 pontos base, para 2,540%, perante a expectativa que a Grécia não faça o próximo pagamento ao FMI, já na próxima semana. Isto depois de, no domingo, o ministro grego do Interior, Nikos Vutsis, ter afirmado que a Grécia não iria conseguir pagar ao FMI o empréstimo de 1,6 mil milhões de euros, cujo prazo termina em Junho.

Mas a tendência foi também negativa nos restantes países da periferia. Na Grécia, a "yield" das obrigações a 10 anos avança 50,8 pontos base para 11,882%, ao passo que em Espanha a taxa na mesma maturidade sobe 3,4 pontos para 1,871%. Itália acompanha a tendência com uma subida de 8,4 pontos para 1,940.

Euribor fixa novo mínimo histórico

A Euribor a três meses marcou um novo recorde negativo. A taxa caiu para um valor inédito, em -0,013%, depois de ter estado a negociar vários dias em -0,012%. O indexante, um dos mais utilizados pelos portugueses nos seus créditos à habitação, tem vindo a registar mínimo atrás de mínimo, com a taxa a reflectir a política monetária do BCE.

Euro abaixo dos 1,09 dólares

A incerteza em torno da situação grega voltou a pressionar a moeda europeia. O euro esteve a recuar pelo segundo dia, com a divisa a recuar 0,8%, para 1,0890 dólares, face à divisa norte-americana. Além da Grécia, o euro foi ainda penalizado pela especulação de que a Reserva Federal poderá estar a preparar uma subida de juros mais cedo do que era antecipado pelo

mercado.

Petróleo em queda com dólar mais caro

Os preços do petróleo está a desvalorizar nos mercados internacionais, com a matéria-prima a ser pressionada pela valorização do dólar, um movimento desfavorável para o "ouro negro". O Brent, negociado em Londres, regista a queda mais expressiva, ao cair 2,72%, para 63,74 dólares por barril. Já o crude, negociado em Nova Iorque, desce 2,6%, para 58,17 dólares por barril.

Ouro em mínimos de duas semanas

O metal precioso esteve a negociar no valor mais baixo em duas semanas, pressionado pela valorização do dólar e pela especulação de que a Reserva Federal dos EUA poderá estar a preparar uma subida dos juros no país, antes do que é antecipado pelo mercado. Os futuros do ouro, negociados em Nova Iorque, descem 1,3%, para 1.188,80 dólares por onça, mas já chegaram a tocar em 1.185,9 dólares, mínimos de 12 de Maio.

Destaques do dia

Teixeira dos Santos recusa convite para liderar Montepio. "Após uma prolongada reflexão, achei por bem não aceitar o referido convite", revela Teixeira dos Santos numa nota enviada às redacções, anunciando assim que não aceitou o convite de Tomás Correia para assumir a liderança do Montepio. 

Imóveis e exposição a Angola são os principais riscos para a banca. A "concentração significativa" dos bancos a activos imobiliários e a Angola são dos principais riscos para a banca portuguesa, de acordo com o Relatório de Estabilidade Financeira, publicado esta terça-feira, 26 de Maio, pelo Banco de Portugal.

Acções da Portucel caem mais de 3% após OPT sobre a Semapa. A Semapa regista uma valorização ligeira na sessão posterior ao anúncio de lançamento de uma oferta pública de troca sobre o seu capital, em que a contrapartida é acções da Portucel. A empresa de pasta e papel cai mais de 3%.

BCP avança com oferta de troca de dívida a 8,34 cêntimos por acção. A troca de dívida subordinada por novas acções do BCP iniciou-se esta terça-feira e estende-se até 9 de Junho. O preço de emissão é de 8,34 cêntimos. O aumento de capital é de até 428 milhões de euros.

Sapin: Portugal não está em condições de ceder a facilidades. Dentro das regras do euro, há espaço para propostas credíveis alternativas e não é preciso escolher entre austeridade e crescimento. Prova disso, diz Sapin, é a França que está a crescer, a reformar-se e a reduzir o défice.

O que vai acontecer amanhã

Sonae. Empresa paga dividendos aos accionistas. As acções deixaram de negociar com direito à remuneração esta terça-feira, 26 de Maio.

G7. Ministros das Finanças e banqueiros centrais dos países do G7 reúnem-se em Dresden, Alemanha. A conferência de imprensa final será às 12h00 de 29 de Maio.

Reino Unido. O Programa de Governo do primeiro-ministro David Cameron é apresentado pela Rainha de Inglaterra, Elizabeth II.

Alemanha. Índice Gfk, que mede a confiança dos investidores, relativo a Junho [anterior: 10,1 pontos; estimativa: 10,0 pontos].

Toyota Caetano. Empresa paga dividendos aos accionistas. As acções deixam de negociar com direito à remuneração a 25 de Maio.