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Euro cai penalizado pela Grécia e Fed

Os receios de que Atenas não pague o próximo reembolso ao FMI e a especulação de que a Fed norte-americana poderá estar a preparar um aumento de juros estão pressionar a moeda única europeia.

26 de Maio de 2015 às 15:42
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O euro está a cair 0,65% para 1,0907 dólares, elevando para cerca de 1% a queda em dois dias.


A pressionar a moeda única estão essencialmente dois factores: os receios em torno da Grécia e a especulação em torno de um aumento de juros por parte da Reserva Federal (Fed) dos EUA mais cedo do que o que estava a ser antecipado.

 

Os investidores estão receosos de que a Grécia entre em incumprimento em Junho, ao falhar o próximo reembolso ao Fundo Monetário Internacional (FMI), agendado para dia 5 do próximo mês.

 

Estes receios aumentaram depois do ministro grego do Interior ter afirmado que os reembolsos de Junho não serão realizados porque Atenas não tem dinheiro. Isto depois de a Grécia já ter usado o fundo de emergência que tem no FMI, tal como os restantes países membro, para pagar o último reembolso ao Fundo, este mês, no valor superior a 700 milhões de euros.

 

Além destes receios, a marcar a sessão está também a especulação em torno de um possível aumento de juros nos EUA. Isto porque têm sido feitas declarações que estão a aumentar a expectativa dos investidores.

 

A presidente da Fed, Janet Yellen, deixou indicações recentemente de que os juros poderão ser aumentados ainda este ano se a economia melhorar, tal como a responsável máxima da política monetária dos EUA está a prever. Uma posição que foi também defendida pela presidente da Fed de Cleveland, Loretta Mester, ao afirmar que a economia norte-americana está próxima de conseguir suportar uma subida do preço do dinheiro.

 

A contribuir para este aumento de expectativas está também a posição assumida pelo vice-presidente da Fed, Stanley Fischer, que revelou que os responsáveis da Fed estão a pesar os riscos de aumentar a taxa de juro de forma prematura face ao perigo de terem de reagir, caso demorem muito a tomar uma decisão.

 

Os economistas consultados pela Bloomberg estimam que a Fed decida um aumento de juros em Setembro.

 

A subida dos juros nos EUA torna o dólar mais atractivo, uma vez que aumenta a expectativa de que os investimentos realizados em dólares passarão a ter um retorno maior face a outras divisas, numa altura em que o preço do dinheiro nos EUA encontra próximo de zero.

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